terça-feira, 20 de julho de 2021

No passado sábado: Livro de Gonçalo Maia apresentado na Biblioteca Municipal de Cantanhede

O relojoeiro”, de Gonçalo Maia, teve a sua apresentação editorial no passado sábado, dia 17 de julho, no auditório da Biblioteca Municipal Cantanhede, numa sessão muito concorrida.

A sessão contou ainda com a participação de Pedro Cardoso, vice-presidente do Município de Cantanhede, com o pelouro da Cultura, Amélia Bravo Vadillo, representante da Editora Filigrana, o escritor Rui Aragonez Marques e Graça Rocha, responsável pela apresentação da obra, tendo a coordenação da sessão estado a cargo do Nuno Caldeira, em representação do executivo.

Na intervenção de abertura, após as saudações aos elementos que integravam o painel principal, Pedro Cardoso congratulou Gonçalo Maia pela publicação de “O relojoeiro”, “obra que denota um esforço literário de alguma envergadura” assim como elogiou o autor “pela obra literária apresentada”, sublinhando “o simbolismo de acontecer num ano especial como este do Centenário de Carlos de Oliveira, uma obra reveladora de mais um escritor da Gândara, com uma participação expressiva de familiares e amigos que se dispuseram a marcar presença neste momento tão especial de Gonçalo Maia”.

Nuno Caldeira, em representação da Cultura, congratulou-se, também, pelo facto de “Gonçalo Maia ter decidido apresentar a sua obra primeira obra em Cantanhede”, evidenciando dessa forma “o seu carinho pela terra onde estudou e que o marcou tão positivamente.

O relojoeiro” é um romance de ficção com uma boa parte da ação a decorrer no concelho, nomeadamente em Cantanhede e Febres. Pensado durante 4 anos e escrito em cerca de 3 meses em completa exclusividade, no romance consta de umas impressionantes 440 páginas, já sendo considerado um livro de alguma dimensão para a atualidade. A data de publicação efetiva da obra ocorreu em dezembro de 2020, mas devido à situação que se tem vivido decorrente da pandemia da COVID 19, a sua apresentação editorial só pôde ocorrer agora.

Na sessão, o autor mostrou-se “agradecido pela presença de tantos amigos” e confessou “estar muito comovido com o apoio recebido do Município de Cantanhede a esta apresentação editorial”. Gonçalo Maia acrescentou, ainda, que espera que “este seja o primeiro de outros projetos editoriais que tenciona desenvolver no futuro.”



Sobre Gonçalo Maia

Gonçalo Maia nasceu em Cantanhede, em 1982. Em Febres deu os primeiros passos, fez as primeiras asneiras e leu os primeiros livros. Teve uma infância feliz e marcada pelo meio rural, do qual se orgulha.

Mais tarde voltou a Cantanhede para frequentar o Ensino secundário. Licenciou-se em Engenharia Geográfica na Universidade de Coimbra. Durante o período académico juntou-se ao CITAC (Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra), onde frequentou um curso de teatro, participou numa mão cheia de peças e performances e, ainda, deu uma mãozinha na administração. Por sua opção, sujeitou-se à vida militar durante 4 anos, como oficial engenheiro, depois de penar uns meses na tropa “macaca”. Regressou novamente à vida civil, juntando-se a diversas empresas na área da engenharia. Trabalhou e viveu pelo mundo fora: Zimbabwe, Timor-Leste, Alemanha, Quénia, Etiópia, Zâmbia, Malawi, Moçambique e África do Sul, sendo que alguns destes países o marcaram de forma intensa, na sua vida. Viajou, entretanto, por muitos outros, mas apenas como turista; sem que tempo houvesse para se deixar entranhar pelos seus cheiros.

Gonçalo Maia nutre uma grande paixão por ciências, mapas antigos, pela natureza, pelas artes, e destas, em especial, pela literatura, paixão que só pecou por tardia quando, um dia, resolveu voltar a pegar nos grandes clássicos, portugueses e estrangeiros, - que tanto o assustaram na juventude, - e os releu sem qualquer obrigatoriedade, missão ou pressa. E surgiu depois a escrita: primeiro como uma ideia, mas que cedo se tornaria numa pequena obsessão, uma forma de expressão que o inquietava e desafiava, mas onde também se encontrava e se conhecia, - e cada vez mais, - entre histórias e personagens que idealizava, criava e dava uma vida própria, esperando ansiosamente, - e em contrapartida, - que estes lhe segredassem os próximos capítulos.

Mas, principalmente, a sua escrita é um agradecimento. Uma homenagem a todos os autores vivos e idos deste mundo que, - e indubitavelmente alheios a este facto, - lhe mudaram completamente a vida.

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