As eleições autárquicas estão próximo, são este mês a 26. O cronómetro disparou. As campanhas de cada partido ou coligação apresentam os seus candidatos. Apresentam propostas para as prioridades que entendem que vão melhorar a vida dos cidadãos. Esgrimem argumentos. Visitam instituições, freguesias, organizam eventos que atraiam gente.
É a democracia em pleno funcionamento.
De todos os atos eleitorais o que mais mexe com os cidadãos sao, sem dúvida, as ‘autárquicas’. São os eleitos que mais estão mais próximo dos eleitores. São os que prestam contas ao virar da esquina. Os que não podem resguardar-se num escritório com ar condicionado e longe da voz do povo que os elegeu.
De todos os eleitos são os autarcas quem desempenha o papel mais desafiante. Há aqueles que acham que é um papel difícil. Estes provavelmente não deviam ser candidatos, sequer. Os melhores autarcas são os que não se furtam ao escrutínio. São os que gostam desse escrutínio, que percebem a sua importância para o crescimento do sentimento democrático.
A democracia é uma obra sempre inacabada. A ação dos eleitos conta muito para a aproximação dos cidadãos à vida coletiva. São os eleitos os maiores responsáveis pelo crescimento do sentimento democrático, da cidadania, da participação ativa dos cidadãos. Em último caso, são os responsáveis pela decisão de votar de cada eleitor. Muitos há que não votam por que não se revêem em qualquer candidato. Desiludidos. A democracia sai a perder.
Progresso não é só obras visíveis. Progresso é, também, a evolução de democracia, da cidadania, da vontade dos cidadãos em participar na vida pública.
EDUARDO COSTA, Jornalista, Presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
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