Arkádia, exposição de pintura da autora Silvia Vale, foi apresentada no último sábado, dia 18 de setembro, na galeria municipal, onde vai permanecer até dia 11 de novembro.
A autora explicou o porquê do nome Arkádia e detalhou de forma pormenorizada algumas das obras expostas. Muitos podem questionar o porquê do nome Arkádia, de onde surgiu. Podia falar durante horas sobre o tema, mas muito resumidamente Arkádia era uma zona da Grécia Antiga, aprazível e agradável para se viver. Os poetas da altura tomaram o nome para denominar o país ideal, o território de eleição, de gente boa, que não conhecia o sofrimento e que vivia em comunidade com a natureza, que vivia em felicidade, alegria e sintonia”.
Contextualizando as obras, os temas que a inspiram e o modo como as elabora, Silvia Vale descreve ainda: “é uma lenda, claro, pois não existe tal terra, mas que ainda assim serviu de inspiração a muitos artistas. É um país imaginário, uma utopia, onde não há aflições. Vivemos constantemente nesta dualidade entre o bem e o mal, na Arkádia isso não acontecia, pois ela apenas existia na cabeça de cada um, é o símbolo mais puro do carpe diem. Esta é a minha Arkádia, a minha terra de eleição, a minha imaginação, os momentos em que fabrico a minha alegria e procuro a minha felicidade, fazendo estes trabalhos. Existe uma Arkádia se nós a quisermos criar, não se impõe a ninguém, mas só nós sabemos o que é a nossa felicidade, depende e varia de pessoa para pessoa. A minha, é um mundo construído entre aquilo que faço de forma solitária, porque a arte é solitária, e as pessoas que amo”, frisa.
São vinte as pinturas que pode encontrar na Galeria Municipal, onde a artista utiliza e explora técnicas mistas, como a decoupage, pintura a óleo, aplicação de folha dourada, são muitas as texturas que ajudam a compor cada tela e criam uma vibração muito caraterística nas obras de Silvia Vale.
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