O Centro Ciência Viva da Floresta recebeu dia 25 de outubro a cerimónia de assinatura do protocolo entre os institutos politécnicos de Castelo Branco, Tomar e Guarda, na presença do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, formando uma rede politécnica unida pela A23, num projeto no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, focado na Proteção de Pessoas e Bens, mas também nas competências digitais. As formações destinam-se aos jovens de cursos técnicos profissionais e alunos em licenciaturas e pós-graduações, de modo a aumentar a qualificação de várias faixas etárias. João Sobrinho Teixeira explicou o simbolismo deste protocolo ser assinado em Proença-a-Nova: “representa aquilo que é a essência do ensino politécnico, um ensino muito ligado à atividade económica e a ligação ao território”. O Secretário de Estado aponta que “este consórcio tem a lógica de abordar a A23 como forma de, aproveitando os recursos de cada um, conseguir-se mais do que aquilo que se consegue sozinho. Cada um destes institutos tem de defender a sua região, mas percebemos que se nos juntarmos podemos conseguir mais coisas, tornando ainda mais efetiva esta rede”.
António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, explica a história que originou a candidatura conjunta, que se iniciou ainda antes da pandemia da Covid-19: “falámos das competências que estão em instaladas em cada uma das instituições e identificámos formações que poderíamos vir a desenvolver em conjunto. Entretanto surgiu a pandemia e só houve alterações quando chegou o Plano de Recuperação e Resiliência e as instituições foram convidadas a apresentar manifestações de interesse”. Quanto ao processo de candidatura, nos casos em que as instituições de ensino superior tivessem menos de 5 mil estudantes, o que se verifica em cada uma destas instituições, teriam de se organizar em consórcio. Neste sentido, realça a humildade com que se realizou esta parceria, sabendo de antemão que o resultado só poderia ser benéfico. “Temos que ser humildes e perceber que, de facto, não estamos a conseguir dar resposta a todas as necessidades de mercado. Apresentámos um orçamento de 15.530.000 euros e estamos neste momento em período de negociação acerca do valor final do projeto”.
João Coroado Freitas, presidente do Instituto Politécnico de Tomar, acrescenta três pontos: “primeiro, esta parceria nasce por uma necessidade de encontros de conhecimento e competências. Cada uma das nossas três instituições já tem competências nestas áreas, o que estamos aqui a fazer é reforçar e dar consistência para ministrar melhor estas formações. Segundo, estamos numa zona geográfica que é muito dispersa. Neste projeto contamos que haja uma mobilização de autarcas e respetivos atores do território para que estas formações tenham sucesso, pois só com a presença de todos esta manobra pode vir a responder às nossas expectativas. Por último, temos de alargar a rede, num novo paradigma da aquisição de conhecimento e de competências, por exemplo com a criação de salas síncronas, que pretendem mitigar o problema do ensino à distância e simulando com precisão o ensino presencial”, sublinhou.
Joaquim Brigas, presidente do Instituto Politécnico Guarda, referiu que este projeto é uma forma destes politécnicos darem respostas a necessidades concretas e enalteceu o trabalho desenvolvido por estes três politécnicos de pequena dimensão, apontando que poderá vir a ser seguido como exemplo noutros territórios. João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova e anfitrião da assinatura deste protocolo, assume que para si este dia tem um sentido especial, uma vez que é formado em Engenharia Civil e técnico das Infraestruturas de Portugal. “A A23 conseguiu, de facto, ligar toda esta rede politécnica, impactando os territórios, cruzando-os e casando-os no sentido de apresentarem uma resposta a este Plano de Recuperação e Resiliência. Proença-a-Nova está desde o início do processo disponível para acolher e ser parceiro neste projeto que trata de territórios e pessoas”.
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