As instalações dos clubes minhotos estão a ser alvo de buscas por agentes da PSP, com a presença da Autoridade Tributária e do Ministério Público. Dirigentes e advogados também estão a ser alvo de investigação.
De acordo com a RTP, estão a ser feitas buscas ao Sporting de Braga. Já o Correio da Manhã adianta que dirigentes e advogados também estão a ser investigados, numa operação conjunta do Ministério Público, da Autoridade Tributária e de agentes da PSP.
Já o Jornal de Notícias adianta que também o Vitória Sport Clube, em Guimarães, está a ser investigado e as suas instalações alvo de buscas. A GNR confirmou à CNN Portugal que está a acompanhar buscas em vários distritos, nomeadamente Porto e Braga.
O MP ja confirmou em comunicado que "estão em curso cerca de duas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias".
"Em causa estão suspeitas de negócios simulados, celebrados entre clubes de futebol e terceiros, que tiveram em vista a ocultação de rendimentos do trabalho dependente, sujeitos a declaração e a retenção na fonte, em sede de IRS, envolvendo jogadores de futebol profissional. Os valores envolvidos rondarão os 15 milhões de euros", adianta o Ministério Público.
"Os factos em investigação são suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal, fraude à segurança social e branqueamento de capitais", refere ainda.
As investigações estão relacionadas com a Operação Fora de Jogo, iniciada em 2015 e tornada pública em 2020.
Estas buscas ocorrem depois do Estádio do Dragão ter sido alvo da mesma ação. A SAD do FC Porto confirmou na segunda-feira buscas às suas instalações e garantiu ter colaborado com a equipa de investigadores do Ministério Público (MP), em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas e na segunda-feira efetuou 33 buscas, entre as quais na SAD do FC Porto e numa instituição bancária.
Visados foram igualmente, além do empresário Pedro Pinho, o presidente portista Jorge Nuno Pinto da Costa e o seu filho Alexandre, enquanto empresário de futebol.
Desencadeada em março de 2020, a operação 'Fora de Jogo' visou numa primeira fase o Benfica, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães. Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República referiu que em causa estavam "suspeitas da prática de factos suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais".
A primeira fase levou à constituição de 47 arguidos, 24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares, contando-se entre os arguidos "jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos".
E acrescentou: "No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, efetuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações".
Madremedia
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