segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Marinha Grande | BAILARINA INESA MARKAVA EM RESIDÊNCIA ARTÍSTICA NO MUSEU JOAQUIM CORREIA

O Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande, foi o local escolhido pela bailarina Inesa Markava para realizar a sua residência artística, durante o mês de novembro, que culminará numa performance apresentada ao público, nos dias 3 e 4 de dezembro, no âmbito das comemorações do 24º aniversário do museu.
A artista tem visitado e trabalhado no Museu Joaquim Correia, para desenvolver uma performance coreográfica, inspirando-se na exposição de fotografia “Arbórea”, de Rute Violante, dedicada aos pinheiros serpentes da Mata Nacional de S. Pedro de Moel, na qual a coreógrafa participa.
O resultado da residência artística será apresentado no dia 3 de dezembro, pelas 10h00, em ante-estreia, para um grupo escolar, e no dia 4 de dezembro, pelas 17h00, para o público em geral, no âmbito da celebração do 24º aniversário do Museu Joaquim Correia.
O público será convidado a mergulhar em imagens, através da linguagem não verbal do corpo em movimento e da música. A performance procura reimaginar os lugares e as memórias coletivas sobre uma das florestas plantadas mais antigas de Portugal.
Como dançam as árvores? "Danças Infinitas" levam-nos numa valsa infinita pela nossa imaginação.

Inesa Markava nasceu em Minsk, na Bielorrússia, país com muitos lagos e florestas. Ainda muito jovem começou os estudos da dança e da música. Em 2002, ingressou na Universidade de Cultura e Artes, em Minsk, e durante 3 anos estudou teatro, arte, gestão, música e organização de atividades artísticas.
 
Em 2005, ganhou uma bolsa de intercâmbio com Portugal e veio trabalhar para a equipa de programação cultural internacional na cidade de Leiria. Continuou os estudos em dança contemporânea e clássica na Escola de Dança Clara Leão, e em 2006, começou a trabalhar na Sociedade Artística Musical dos Pousos em projetos como o Jardim das Artes e o Berço das Artes. Em 2007, foi convidada para coreografar o projeto Concertos para Bebés, com a direção artística de Paulo Lameiro, que a levou a dançar em diversos palcos da Europa.

Em 2010, terminou a licenciatura em Estudos Artísticos e iniciou o mestrado em Política Cultural na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com o tema Museus e Educação pela Arte. No âmbito deste mestrado desenvolveu, em 2012, um projeto artístico com o Museu da Imagem em Movimento (MIMO), em Leiria, com o qual mantém colaboração.
 
Em 2018, participou no Festival Abril Dança, em Coimbra e na Bienal Internacional de Arte de Cerveira.

Seguiram-se novos projetos com os espaços museológicos de Leiria e, em 2021, criou o projeto global Museus Imaginários, numa lógica de mediação artístico-cultural de conteúdos e património através da linguagem da dança contemporânea.

Em julho de 2021 concluiu o seu doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, sobre o tema da permeabilidade da dança contemporânea no contexto expositivo, com a tese intitulada Território entre. A dança no espaço expositivo.

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