A guerra entre EUA e China continua nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Pequim acusa Washington de "manipulação" depois de a Casa Branca anunciar um boicote diplomático ao evento de inverno marcado para fevereiro do próximo ano. Ou seja, apenas os atletas representarão o país, com o apoio do governo de Biden mas a partir de casa.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, esclarecia que os EUA não enviarão qualquer representação diplomática ou oficial à capital chinesa em resposta ao genocídio que está em curso na República Popular da China, aos crimes contra a Humanidade em Xinjiang e outras violações dos Direitos Humanos.
Para desviar o foco desta decisão a China desvalorizava-a dizendo que a administração Biden não foi sequer ainda convidada a deslocar-se a Pequim. Zhao Lijian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, afirmava que "são os atletas de todos os países que devem estar no centro das atenções e não os políticos individualmente". Acrescentando que quanto a esses políticos que "criaram o boicote para fins políticos e se demarcarem", o facto de irem "ou não, ninguém se importará, nem terá qualquer impacto nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim", garantia.
Sobre a polémica o Comité Olímpico Internacional dizia respeitar, plenamente, a "decisão política" de cada governo.
O Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado, Robert Menendez, pedia a outros países para se juntarem aos EUA neste boicote, que não é o primeiro feito pelo país, ainda que noutros moldes. Nas Olimpíadas de 1980, em Moscovo, Jimmy Carter manteve os seus atletas em casa em protesto contra a invasão soviética do Afeganistão. A resposta russa chegou nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.
Fonte: euronews
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