domingo, 16 de janeiro de 2022

António Costa já se inscreveu para votar mais cedo: vai fazê-lo no Porto, no dia 23

O secretário-geral do PS inscreveu-se hoje para poder votar antecipadamente no próximo dia 23, no Porto, e pediu a mobilização dos eleitores para que se ultrapasse uma das crises políticas “mais perigosas” da democracia portuguesa.

Neste primeiro dia de inscrições para o voto antecipado em mobilidade, António Costa registou-se para votar no próximo domingo, no Porto, no Pavilhão Rosa Mota – um dia em que estará em campanha eleitoral entre os distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo.

“Estamos a viver uma das crises políticas mais perigosas da nossa democracia, porque é uma crise política que se soma uma crise pandémica [da covid-19]. Uma crise que foi aberta exatamente no momento em que estavam reunidas todas as circunstâncias para virar a página desta pandemia, prosseguindo com políticas económicas que têm garantido crescimento, emprego e justiça social”, declarou à agência Lusa o líder socialista.

Neste quadro político, António Costa considerou fundamental que os eleitores votem, “antecipadamente, no dia 23, ou, normalmente, no dia 30”.

“Mas todos temos de votar. O voto é um ato coletivo e é dos momentos mais bonitos da democracia. O momento em que cada uma e cada um dos cidadãos pode dizer o que deseja para o futuro da nossa pátria”, disse.

A seguir, o secretário-geral socialista reforçou o seu apelo a que os eleitores “votem” nos próximos dias 23 ou 30, defendendo que o PS apresenta aos eleitores “uma proposta clara e mobilizadora de estabilidade para o país e tranquilidade para a vida das pessoas”, visando que Portugal, “com serenidade, em diálogo e em consenso, possa prosseguir uma trajetória de progresso”.

Nas declarações que prestou à agência Lusa, António Costa referiu também as novas condições que estão preparadas para o voto antecipado em mobilidade, de forma a evitar que haja grandes filas de espera e aglomeração de pessoas.

“Todos os municípios estão a fazer um grande esforço para aumentar o número de mesas de voto disponíveis, de forma a garantir que o maior número possível de pessoas se possa inscrever para poder votar antecipadamente no dia 23. As pessoas que não puderem votar no dia 23 podem fazê-lo no dia 30. É fundamental que cada um dos portugueses se junte nesta grande mobilização para termos uma democracia de progresso votando nas próximas eleições”, acrescentou.

Para votar antecipadamente em mobilidade, em 23 de janeiro, uma semana antes da data das eleições, os eleitores recenseados no território nacional devem inscrever-se para esse efeito entre hoje e a próxima quinta-feira, 20 de janeiro.

Nesta modalidade, os eleitores votam num local à sua escolha, em qualquer município do continente ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Para o fazer, têm de comunicar a sua intenção através de meio eletrónico em http://www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por correio enviado para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Caso se inscrevam para votar antecipadamente em mobilidade e acabem por não o fazer, os eleitores podem exercer o direito de voto na data das eleições, 30 de janeiro, no local onde se encontram recenseados.

O Governo anunciou que o voto antecipado em mobilidade nestas legislativas está preparado para um milhão e 200 mil eleitores, através de 2.600 secções, que poderão ainda ser aumentadas.

Na atual conjuntura de covid-19 em Portugal, o Governo tem apelado à inscrição nesta modalidade de votação para prevenir situações de isolamento na data das eleições, 30 de janeiro.

Na passada segunda-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, referiu que para o voto antecipado em mobilidade há um limite de 450 eleitores por cada secção de voto, e que estas fecham automaticamente quando esse número de inscrições é atingido, para haver uma distribuição equitativa por todas.

Ainda no que respeita ao universo de votantes no ato eleitoral de 30 de janeiro, o Governo está a aguardar a resposta do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) a um seu pedido de parecer sobre se o isolamento por covid-19 impede que se exerça o direito de voto, ou se poderá ser suspenso para esse efeito.

Madremedia/lusa

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