O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, autorizou as forças de segurança a abrir fogo sobre os manifestantes que se insurgem no país e a disparar para matar.
Momentos depois de, esta sexta-feira, o governo cazaque ter confirmado a morte de 26 civis em protestos, Tokayev dirigiu-se à nação, para culpar os manifestantes a quem chama "terroristas", "criminosos" e "assassinos". O chefe de Estado deixou ainda o aviso: "Quem não se render será eliminado".
Num discurso emitido na televisão, o presidente começou por dizer que "a lei e a ordem são as principais garantias do bem-estar não só no Cazaquistão, mas também em todos os Estados civilizados" e que as medidas tomas pelo governo não significam "um ataque aos direitos civis e às liberdades humanas. Pelo contrário, como demonstrou a tragédia de Almaty e em outras cidades do Cazaquistão, é a não observância das leis, a permissividade e a anarquia que conduzem à violação dos direitos humanos".
Tokayev tinha já anunciado que a ordem constitucional no país estava "largamente restabelecida". A ação das autoridades cazaques foi facilitada pela chegada da ajuda de tropas russas enviadas para o Cazaquistão naquela que foi apresentada como uma intervenção para manter a paz.
O presidente responsabiliza ainda "os média livres e algumas pessoas no estrangeiro" por instigar a crise.
Fonte: euronews.
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