A Câmara Municipal da Guarda cancelou o espetáculo comunitário de Carnaval do "Julgamento e Morte do Galo" devido à pandemia de covid-19, para salvaguardar a saúde dos residentes e visitantes, foi hoje anunciado.
A autarquia presidida por Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) justifica a decisão “dada a evolução contínua de subida da pandemia no concelho” que, na sexta-feira, contabilizava 1.524 casos ativos de infeção com SARS-CoV-2.
“É com tristeza, mas com sentido de responsabilidade, que o município da Guarda decide adiar por mais um ano esta nossa icónica tradição, salvaguardando a saúde dos Guardenses e daqueles que nos visitam”, lê-se num comunicado da autarquia da cidade mais alta do país.
A fonte lembra que, na Guarda, “o Carnaval tem assumido a forma e a ‘celebração’ no ‘Julgamento e Morte do Galo’, como uma das manifestações populares de expiação, excesso e crítica, mas sempre purificadora, mais características e diferenciadoras” de todo o país.
“A queima do galo é o auge e representa a efetiva renovação. São assim expiados os pecados da sociedade, ardendo e representando a renovação da esperança. Este ritual marca o final do período de folia, aproximando-se assim a Quaresma, época de penitência e oração”, acrescenta.
Segundo a nota, o Carnaval da Guarda tem assumido, nos últimos anos, com o “Julgamento e Morte do Galo”, uma dimensão popular, “cujo sucesso determina enormes aglomerações de pessoas que, apesar do frio da época, saem à rua como participantes”.
Ainda de acordo com a autarquia, “mais de 1.200 pessoas de todas as freguesias da Guarda, atores e músicos”, dão corpo ao desfile e julgamento do Galo que, nas edições realizadas, tem atraído milhares de visitantes.
Este ano, foram também canceladas, entre outras, festividades de Carnaval em Torres Vedras, Estarreja, Ovar, Loures, Sines, Loulé e Mealhada.
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