sábado, 5 de fevereiro de 2022

Covid-19: Criança de um ano ligada a ECMO no hospital S. João por “gravidade de quadro clínico”

 Uma criança de um ano com diagnóstico de covid-19 foi internada nos cuidados intensivos no Hospital de S. João, no Porto, necessitou de Oxigenação por Membrana Extracorporal (ECMO) devido à "gravidade do quadro clínico", disse fonte hospitalar ao SAPO24.

A criança de um ano estava internada no Centro Materno Infantil do Norte, também no Porto, por covid-19, mas "alterações cardíacas" obrigaram à transferência para o São João, onde foi colocada em ECMO.

"Dada a gravidade do quadro, a equipa clínica teve necessidade de assegurar ventilação mecânica e suporte circulatório com ECMO", disse fonte oficial daquele hospital ao SAPO24.

"A técnica de ECMO é muitas vezes o último recurso para tratar pessoas com doenças graves respiratórias e/ou cardíacas, em que a máquina de circulação garante as trocas gasosas do sangue e a distribuição desse sangue oxigenado a todos os órgãos", explica.

Gravidade em crianças é rara mas reforça importância da ciência

"Todas as vidas importam e a vida de uma criança deve ser protegida de forma ainda mais especial, pelo que nos preocupa o palco que é dado a discursos inconsistentes e que, sobretudo, não têm qualquer respaldo na evidência científica produzida sobre os efetivos riscos da doença nas crianças e a segurança e benefícios da vacinação", defende em comunicado o bastonário da Ordem dos Médicos (OM).

O bastonário da OM e o coordenador do Gabinete de Crise, Filipe Froes, deixam, em comunicado, "uma palavra de confiança à equipa de excelência que acompanha a criança, e de solidariedade para com a família neste momento difícil", e insistem "na importância de não se desvalorizarem os efeitos desta infeção nas mais variadas faixas etárias"

"Mesmo na nova fase da pandemia em que nos encontramos, e que tem permitido a reabertura progressiva da sociedade, é essencial que não nos esqueçamos do caminho difícil que percorremos e do que conseguimos alcançar", defende Miguel Guimarães.

O bastonário salienta o papel da vacinação contra a covid-19, que foi sendo alargada a várias faixas etárias e que "permitiu mudar o curso da pandemia e tornar a doença covid-19, regra geral, menos grave".

"No caso concreto das crianças, é verdade que a infeção tende a ser mais benigna, mas os casos graves existem e não devem ser desvalorizados", defende, por seu turno, o coordenador do Gabinete de Crise, Filipe Froes.

Madremedia

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