Desde a abertura do troço final da autoestrada A25 entre Vilar Formoso e a fronteira com Espanha, em dezembro de 2021, que deixou de ser obrigatório atravessar a vila fronteiriça, situação que preocupa autarcas e moradores.
A Infraestruturas de Portugal (IP) abriu ao tráfego, no dia 20 de dezembro de 2021, o troço final da A25 entre Vilar Formoso (Almeida) e a fronteira com Espanha, em Fuentes de Onõro.
A autoestrada facilitou a ligação rodoviária entre ambos os países, mas originou preocupações para autarcas e moradores que temem que os emigrantes e os turistas, que anualmente animam os negócios locais, deixem de parar na principal fronteira terrestre do país, como era hábito acontecer.
O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António José Machado, disse hoje à agência Lusa que pelas conversas com alguns empresários, nota-se “uma quebra muito grande” nos clientes ocasionais.
Segundo o autarca, os estabelecimentos continuam a ter “a mesma procura” por parte de clientes habituais, mas, sobretudo os que estão localizados junto da fronteira, notam uma diminuição de clientes que “chegavam nas horas de almoço ou nas horas de jantar, ou para tomar um café”.
Nos clientes ocasionais, os empresários referidos assinalam uma diminuição na afluência “a rondar os 60%”, o que considera “muito grave para a economia local”.
“Já os outros estabelecimentos vão mantendo os clientes que habitualmente tinham. Não houve uma quebra grande que possa por em causa a continuidade”, disse.
António José Machado referiu que a percentagem apontada já era esperada, por isso, o município está a “lutar para que haja a construção da [nova] ligação [rodoviária a Vilar Formoso] e também a remodelação do Parque TIR, que são âncoras” para manter clientes nos estabelecimentos situados junto da fronteira.
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