Guterres está convencido de que as excelentes relações entre Portugal e as Nações Unidas “vão conseguir desenvolver-se ainda mais”.
A embaixadora Ana Paula Zacarias apresentou na terça-feira as credenciais de representante permanente portuguesa junto das Nações Unidas ao secretário-geral António Guterres, que sublinhou a importância de Portugal como “pilar da ONU”.
Numa cerimónia na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a diplomata portuguesa ouviu Guterres dizer que está convencido de que as excelentes relações entre Portugal e as Nações Unidas “vão conseguir desenvolver-se ainda mais” com a chegada de Ana Paula Zacarias.
Portugal é um pilar muito importante da ONU”, disse o secretário-geral da organização.
No final da entrega das cartas a Guterres, a embaixadora declarou que Portugal terá como prioridade na ONU a questão dos Oceanos e anunciou que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, viajará para Nova Iorque em julho, a convite do presidente do Conselho Económico e Social da ONU (Ecosoc) para um diálogo político de alto nível sobre desenvolvimento sustentado.
Zacarias, que sucede ao embaixador Francisco Duarte Lopes, comprometeu-se com um “apoio total” à agenda do secretário-geral e à agenda comum, mais concretamente no reforço da capacidade de ação da ONU, na prevenção dos conflitos, na importância de colocar mulheres e raparigas no centro das questões, de falar com os jovens, entre outros.
Temos também uma prioridade muito importante que são os Oceanos. Vamos receber em Lisboa, juntamente com o Quénia, a grande conferência dos Oceanos e a nossa ideia é frisar que quando falamos de Oceanos, estamos também a falar de clima, de segurança, de desenvolvimento e turismo sustentável. É um tema maior do que ele próprio possa parecer”, observou a diplomata.
As missões de paz das Nações Unidas em vários contextos, nomeadamente em África, e as migrações foram outras das prioridades enumeradas pela ex-secretária de Estado.
Portugal é um país que desde sempre tem defendido o multilateralismo e isso é particularmente importante neste momento tão difícil que atravessamos”, disse à Lusa a ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus.
Precisamos de uma verdadeira e profunda agenda multilateral para ajudar a resolver os grandes problemas com que nos vemos confrontados em termos de segurança e defesa, em termos de clima, luta contra as desigualdades, redução do ‘gap’ digital, promoção da igualdade de género, entre outros temas fundamentais que exigem que a agenda multilateral possa continuar a vingar”, adiantou.
SIC Notícias/Lusa
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