Relatório do Conselho Nacional de Saúde revela que os mais pobres foram os que mais sofreram com a pandemia.
Um relatório do Conselho Nacional de Saúde, que avaliou os anos da pandemia, concluiu que a população mais pobre foi a que mais sofreu, já que o vírus aumentou a desigualdade social em Portugal. Além disso, houve um rejuvenescimento da estrutura etária do pais, devido à mortalidade excessiva nos idosos.
Durante os dois anos de pandemia, houve um excesso de 12 mil mortes, sendo quer cerca de 95% tinham mais de 65 anos, o que acabou por levar a um um impacto na pirâmide etária.
Isto significa que há um rejuvenescimento da população, sem que a natalidade tenha aumentado. Em 2020, nasceram menos 2.300 bebés que na média dos três anos anteriores e, em 2021, menos 4.800.
Segundo o Conselho Nacional de Saúde, órgão de consulta do Governo que estudou exaustivamente os dois anos pandémicos, foram os mais pobres os que mais sofreram com a pandemia, que aumentou as desigualdades sociais e teve um grande impacto na aprendizagem de crianças e jovens de famílias mais desfavorecidas.
Mas o relatório vai mais longe e acaba por questionar a decisão de encerramento das escolas, que diz ter sido tomada sem qualquer evidência científica.
Para os mais novos, o fecho das escolas não só interrompeu o ciclo de aprendizagem como levou a um corte no processo de crescimento e autonomização. O documento fala, aliás, em falta de transparência na divulgação das decisões dos órgãos públicos, o que acabou por prejudicar a população portuguesa que não entende muitas das decisões tomadas.
SIC Notícias
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