O Sindicato dos Tripulantes de Cabine propôs esta quinta-feira dois dias de greve na TAP, marcados para o início de dezembro. A proposta foi aprovada e foi emitido um pré-aviso de greve, para os dias 8 e 9 de dezembro.
A proposta discutida previa uma paralisação dos tripulantes de cabine da transportadora aérea nacional para os dias 8 e 9 de dezembro e foi esta quinta-feira aprovada em assembleia geral.
Na passada semana, recorde-se o Sindicato Nacional Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) havia pedido uma assembleia geral para “debater o atual momento da empresa e apresentar as conclusões retiradas pela direção sobre a proposta de AE [Acordo de Empresa] enviada pela TAP, além de deliberar eventuais medidas a tomar – não descartando o recurso à greve”.
O sindicato irá tentar chegar a acordo com a transportadora aérea portuguesa até dia 6 de dezembro. Antes da paralisação está prevista a realização de nova assembleia geral, para avaliar a progressão das negociações entre o sindicato e a TAP.
A estrutura sindical justificou na altura o pedido de convocatória, que ocorreu esta quinta-feira, com os “sistemáticos atropelos” ao Acordo de Empresa em vigor e ao Acordo Temporário de Emergência.
A isso, acrescentava o SNPVAC, somava-se a “falta de respeito que a TAP tem vindo a ter perante os tripulantes” e as “mais do que questionáveis decisões de gestão que acabam por ter um impacto direto e indireto” na vida destes trabalhadores.
A situação “culminou mais recentemente com a denúncia do Acordo de Empresa em vigor, acompanhado de uma proposta de AE inenarrável”, acrescentava o sindicato em comunicado.
O SNPVAC considera que desde o primeiro momento procurou “a via do diálogo, para tentar solucionar os vários diferendos e entendimentos antagónicos que têm surgido por parte da empresa nos últimos tempos”, argumentando que “ninguém pode acusar esta direção [sindical] de discursos incendiários, baseados em clichês populistas ou de sustentar as suas posições em meras demagogias, para satisfazer vontades momentâneas ou agendas pessoais”.
“Chega de faltas de respeito, incoerências e ilegalidades”, terminava o Sindicato dos Tripulantes de Cabine.
Pedro Zagacho Gonçalves
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