Terão introduzido cocaína no corpo da criança e colocado sedativos e metadona na fralda. Jéssica terá servido para transportar a droga entre Leiria e Setúbal.
A mãe de Jéssica, a menina de três anos que morreu em Setúbal foi, esta quarta-feira, acusada de homicídio qualificado e ofensa à integridade física. O Ministério Público acusa ainda outras quatro pessoas por envolvimento na morte da criança.
Não por uma, mas três vezes, Jéssica foi deixada, pela própria mãe, por três vezes para servir de garantia a uma dívida de poucas centenas de euros.
Jéssica foi vítima de palmadas, murros, pontapés em todo o corpo e fortes puxões de cabelo.
Dias a fio de sofrimento para a criança de três anos, entregue aos cuidados de Ana Cristina, a quem a mãe da criança devia dinheiro por serviços de bruxaria ao marido e à filha do casal.
A família terá engendrado o plano para exigir o pagamento à mãe da criança, fazendo da menor refém e somando juros diários de 50 euros a uma dívida que não ultrapassou os 500.
Usada como correio de droga
A acusação até podia ter ficado por aqui, se não tivesse a investigação descoberto também que, enquanto não foi devolvida à mãe, Jéssica foi usada como transporte de droga.
A 19 de junho, a família de alegados raptores e o filho terão introduzido cocaína no corpo da criança e colocado sedativos e metadona na fralda. Jéssica terá servido para transportar a droga entre Leiria e Setúbal no dia em que foi devolvida a mãe.
Foi encontrada completamente despida, prostrada, sem abrir os olhos, sem falar, com o corpo repleto de hematomas e queimaduras. Foi levada não para um hospital, mas para casa e deitada numa cama durante cinco horas.
SIC Notícias
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