terça-feira, 17 de janeiro de 2023

O QUESTIONÁRIO


A decisão de fazer uma prévia análise de cada candidato a governante parece uma evolução positiva. Confrontados com muitos casos de novos governantes que, afinal, carregavam situações que colocavam em dúvida a ética e, por vezes, a própria legalidade. O escrutínio prévio de futuros governantes vai ajudar a evitar muitos desses casos, que prejudicam a imagem do governo e da própria democracia.

Aliás, isso já é feito para o cargo de comissários europeus. Os candidatos apresentam-se perante o Parlamento Europeu, que tem que aprovar a nomeação. Modelos semelhantes são já usados em vários países europeus.

Um sistema de fiscalização prévia do candidato ao exercício de certas funções, com o preenchimento de um questionário, que permita perceber se o nome escolhido não tem impedimentos ou incompatibilidades para assumir o cargo, antes do mesmo ser apresentado ao Presidente da República. É assim que vai passar a ser feito.

A intenção é ganhar “maior confiança dos cidadãos na política e nas instituições.

Esta decisão surge depois de vários episódios que obrigaram à demissão de membros de governo. Cujos casos criaram desconfiança dos cidadãos nas instituições e, assim, na própria democracia. A confiança dos cidadãos nas instituições democráticas é essencial para uma boa relação de respeito e credibilidade entre governados e governantes. Muito se tem que fazer para que os políticos não sejam olhados com tanta desconfiança.

Este é um passo. Muitos outros tem que ser dados para recuperar essa confiança nos políticos e na política.

Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional 


Nenhum comentário:

Postar um comentário