Expulsos do mercado europeu, devido ás sansões russas devido à guerra na Ucrânia, os investidores russos parecem estar a rumar ao mercado do futebol brasileiro.
A notícia foi avançada pelo blogue do jornalista desportivo Rafael Reis, no portal UOL. De acordo com esta fonte, pelo menos quatro clubes das duas primeiras divisões brasileiras receberam nas últimas semanas representantes de investidores do país liderado por Vladimir Putin, interessados na compra das suas SAF (Sociedades Anónimas do Futebol).
Entre estes negócios um deles destaca-se entre os demais, o Londrina, nono colocado na última Série B, que já terá recebido uma proposta russa na casa de 80 milhões de reais (14 milhões de euros) para assumir a gestão do seu departamento de futebol. Metade desse valor ficará com o clube e a outra metade irá para a SM Sports, empresa do agente Sérgio Malucelli que é dona do centro de treino utilizado pela equipa.
Além deste grupo que deseja comprar este clube, cujos integrantes têm sido mantidos em sigilo pelos envolvidos na negociação, há pelo menos mais um fundo da Rússia a prosperar com negócios no futebol brasileiro. Esses dois investidores não são novos no mundo do futebol, já tinham dinheiro em equipas do seu país de origem e querem uma expansão. O blogue avança que o plano A era assumir o comando de equipas em mercados do primeiro escalão europeu, mas, como encontraram as portas fechadas, acabaram por fazer uma mudança de rota e acabar no Brasil.
Recorde-se que assim que Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia, vários empresários como Roman Abramovich, na altura dono do Chelsea, foram sancionados pelos países onde se localizavam esses negócios, neste caso o Reino Unido. O Brasil, é neste momento um país neutro ao conflito e com uma grande cultura de futebol, logo tornou-se um alvo evidente para este tipo de investidores.
Lembra-se que quando começou a guerra Abramovich viu as suas contas bloqueadas no Reino Unido e foi obrigado pelo governo britânico a vender o clube ao norte-americano Todd Boehly por ser um “apoiante da guerra”, algo que não irá acontecer em terras de Vera Cruz.
Sublinha-se que dos 20 clubes participantes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro deste ano, quatro tem os seus departamentos de futebol a ser geridos por investidores estrangeiros. O Botafogo, treinado pelo português Luís Castro, está nas mãos do norte-americano John Textor, o Bahia também treinado pelo português Renato Paiva faz parte do grupo City ligado ao Manchester City, o Vasco da Gama no Rio de Janeiro, pertence ao fundo 777 Partners e o Bragantino faz parte do grande universo Red Bull.
Beatriz Cavaca/Executive Digest
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