O
homem deu entrada no Hospital Santos Silva em
Vila Nova de Gaia num domingo, para uma cirurgia ao coração, que
aconteceria na terça-feira seguinte. Neste dia, foi levado da
enfermaria para o corredor de acesso ao bloco operatório. O homem
estava sem roupa no corpo e o corredor era bastante frio. Esteve ali
três horas. Ao fim desse tempo foi reconduzido para a enfermaria,
pois, a cirurgia só ia acontecer no dia seguinte.
Desorganização?
Menos respeito pelo estado debilitado dos pacientes? Insensibilidade
perante o ser humano, que não é um número?
“Queremos
um SNS em que o cidadão verdadeiramente possa confiar”.
São palavras do recém-nomeado para o
(novo) cargo de diretor executivo, Fernando Araujo, ex-presidente do
CA do Hospital de São João, do Porto. Disse mais: “[temos
que] mostrar aos portugueses que o valor que colocam com os seus
impostos no SNS é
traduzido depois em
resultados na saúde”. Vai mais longe. Assume
corajosamente que “os mais pobres continuam a
ter mais doença e a morrer mais cedo”! Portanto, isso
significa que o gestor do SNS conclui que, para termos bons cuidados
de saúde temos que ter dinheiro para pagar aos privados.
Fernando
Araújo revela um testemunho pessoal de uma filha que se sentia
triste e acreditava que, se o pai tivesse sido operado, ainda estaria
vivo. “O meu querido pai faleceu, tinha 85
anos, mas era o meu pai. Aguardava uma cirurgia no seu hospital e
morreu à espera",
disse-lhe a magoada mulher.
Oxalá
o degradado e doente SNS tenha cura! Para o bem da saúde de todos
nós.
O presidente da Direção
Eduardo Costa, Correio de Azeméis
Destaque
“O
gestor do SNS conclui que, para termos bons cuidados de saúde temos
que ter dinheiro para pagar aos privados”
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