Claro que os portugueses devem estar orgulhosos de podermos ter mais um político português em alto cargo europeu. Desta vez chama-se António Costa. Lá atrás, chamou-se Durão Barroso, António Guterres, António Vitorino e outros. Nada importa o clube partidário a que pertencem. É um português! De certeza que o coração está no nosso país. Os decisores políticos portugueses têm assim um dos seus a quem podem recorrer para ajudar em legítimos interesses.
Não ganhamos apenas neste aspeto. Também ganhamos muito no prestígio internacional.
Há alguns anos, em reunião, em que participei como convidado, entre o Governador de São Paulo e o Embaixador do Brasil em Portugal, ouvi deste que, embora fossemos um país de menor dimensão tínhamos um elevado prestígio e influência internacionais. E com esse privilegiado estatuto várias foram as vezes em que ajudamos o Brasil. Fiquei todo orgulhoso, claro.
Naturalmente que lamento que haja dirigentes políticos portugueses a fazer campanha para António Costa não se sentar na cadeira de presidente do Conselho Europeu. Lamento eu e provavelmente a grossa maioria dos portugueses. Fico triste por haver na UE políticos portugueses que não põem o interesse do país acima das suas (legítimas) aspirações partidárias. Mostra-nos que ainda somos um país com muito para fazer na construção da democracia. Temos que apostar em líderes responsáveis que a prestigiem. Líderes que coloquem sempre Portugal à frente dos seus interesses partidários.
Temos que apostar em líderes que coloquem Portugal à frente dos interesses partidários.
*Eduardo Costa
O Presidente da Direção da ANIR
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