Somos 10.562.178 (censos de 2011) e temos, na nossa
organização administrativa, 18 Distritos, 308 Concelhos (o número de Freguesias
é inconsequente) e 2 Regiões autónomas. Nascemos em 1143 e hoje a nossa área é
de 92.212 Km2 com uma linha costeira de 1.230 km. O sinal mais alto fica na
“Ponta do Pico” nos Açores (2.351 m). Temos uma esperança média de vida de 78
anos com uma taxa de alfabetização de 93,3%.
* Mário Freitas |
Nos últimos anos, graças à nova lei da nacionalidade,
5 vezes foi o aumento de concessões de nacionalidade. As de cidadania
ascenderam a mais de 22 mil!
O bom-nome, credibilidade pessoal, honestidade, imagem
de homem íntegro é o que mais vai faltando neste bonito país que paradoxalmente
vai perdendo beleza com tanta cambalhota que os nossos governantes vão dando. É
preciso exemplos que permitam recuperar a confiança. A política, a justiça, a
Presidência têm que transmitir uma resposta forte aos ventos da desconfiança
crescente existente.
O paradigma dos nossos antepassados vai sendo posto em
causa.
Nova viragem sente-se que está para aparecer!
Temos que saber diferenciar a eficiência habitual da
eficiência competitiva. O limite da habitual é fazer bem - lógica estática; a
competitiva não se fica pelos resultados quer superar – lógica dinâmica.
Agora um novo vocabulário se nos depara para decifrarmos
– neoliberalismo militante – que quererá dizer?
O comum cidadão, escaldado que está, já teme que as
receitas para a crise sejam, de algum modo, mais penosas. Há que descobrir novas
formas de financiamento do Estado Social (para além do crescimento económico).
Deixem de se acusar uns aos outros. Deixem de olhar
para os atacadores…vejam os sapatos!
Os adjetivos acusatórios têm que deixar de existir. A
crise não é apenas económica – é política! Credibilizem a Assembleia da
República criando “regra” mais rígida para que a taxa de assiduidade suba e
reduzam o número de deputados já na próxima Legislatura.
Nada é mais efémero que ter e nada é mais essencial
que ser. Eu quero ser para verdadeiramente ter algo na minha existência. Eu
quero estar isento de coisas mas cheio de essencialidades para sentir a
plenitude do meu ser sem coisas que me inventem preocupações efémeras…
Falta-nos brio Patriótico!
A ambos (líderes do PS e PSD) aqui deixo um
modestíssimo alvitre.
Comecem por cima nas reformas pois 57% das famílias
portuguesas vivem com menos de 900 euros mês; o salário médio não chega aos 800
euros; 70% dos portugueses recebem menos de 1.000 euros brutos, 2 em cada 10
portugueses estão no limiar da pobreza e 41% da população corre riscos
incomensuráveis, etc…etc…
Assim e para que todos nós nos aliemos ao próximo
governo comecem por:
- Diminuição da despesa pública não social;
- Aumento da receita tributária [Constituição diz que
(art.104.º):o IRS deve ser progressivo – e não o é a partir dos 42 ou 45%; deve
haver uma «tributação do património» que contribua «para a igualdade entre os
cidadãos» e não há; a tributação do consumo deve especialmente «onerar os
consumos de luxo» - e muito pouco se faz neste sentido];
- Transformar o «Estado-prestador» em
«Estado-garante». As prestações de justiça social – sobretudo aos mais
desfavorecidos, e não a todos os cidadãos. E a sociedade civil, como terceiros,
a dar o seu contributo – associações, fundações, cooperativas, autarquias,
empresas, misericórdias, IPSS, etc;
- Apoiar de imediato e seriamente as empresas
exportadoras;
- De igual modo, com regras muito rígidas, apoiar
projetos em prazos reduzidos;
- Disciplinar rigorosamente um tabulamento de preços
(água, luz, combustíveis, etc.);
- Redução das portagens e abolição destas nas
ex-SCUT’S;
- Rever a isenção das taxas moderadoras aos dadores
benévolos de sangue, para além dos cuidados de saúde primários, evitando o
desnecessário, desorientador e impensável apelo público corriqueiro;
- Acabem com a conflituosidade (administração
fiscal/contribuinte) da (in)justiça social.
*Alvor/Portimão,
NB: se há artigos que não se ultrapassam com o passar do tempo, este é um dos tais... actualíssimo.
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