domingo, 22 de novembro de 2015

Esclarecendo Dúvidas sobre a Dádiva de Sangue


Tire suas dúvidas sobre dádiva de sangue conferindo as respostas e perguntas mais frequentes sobre o assunto.

1. Qual é a quantidade de sangue colhida em cada dádiva?
Em cada doação, são colhidas aproximadamente 450 ml de sangue.

2. A quantidade de sangue colhida a cada dádiva vai afectar minha saúde?
Não, porque na doação de sangue se retira menos do que 10% do volume sanguíneo total de um adulto.

3. Quanto tempo demora para que meu organismo reponha a quantidade de sangue colhida na dádiva?
O plasma é reposto em algumas horas, as plaquetas se restabelecem em alguns dias, e as hemácias demoram alguns meses. Por esse motivo, a doação de sangue só pode ser realizada a cada 90 dias para os homens e 120 dias para as mulheres.

4. Se eu doar sangue uma vez, sou obrigado a doar de novo?
Não. A dádiva de sangue é um acto altruísta e voluntário que depende da iniciativa de cada cidadão, e o retorno é o entendimento de que só nós somos a única fonte desse produto.


5. É necessário estar em jejum para doar?
Não. É importante que o doador se alimente normalmente, evitando ingerir alimentos gordurosos no dia da doação. Após o almoço, é necessário esperar cerca de duas horas e meia para efectuar a doação de sangue.

6. Corro algum risco de contaminação doando sangue?
Não. Todo o material utilizado é estéril, de uso único e descartável.

7. Posso apresentar alguma reacção doando sangue?
Raramente acontece e, na maioria das vezes, está relacionada com a ansiedade. Caso haja alguma reacção, no local da colheita de sangue há sempre uma equipa preparada para atender a qualquer intercorrência.

8. Durante o período menstrual, a mulher pode doar sangue?
Sim, não há nenhum risco ou contra indicação médica para a saúde da mulher na dádiva de sangue.


9. É realizado algum exame no sangue doado?
Sim. Tipagem sanguínea, sorologia para hepatites B e C, doença de Chagas, sífilis, HIV (vírus da Aids) e HTLV.

10. Eu sou informado se algum exame apresentar valores alterados?
Sim. Se algum exame indicar resultados não aceites nos padrões médicos, é enviada correspondência para a residência do dador solicitando o seu comparecimento para receber orientação médica e será efectuada colheita/amostra de sangue. É importante que o dador não deixe de comparecer no local de colheitas para que possam ser esclarecidas as dúvidas. Resultados reagentes nos testes sorológicos podem ocorrer por vários motivos, não significando, necessariamente, que exista alguma doença.

11. É possível doar sangue fazendo uso de medicamentos?
Depende do tipo da medicação. No dia da dádiva, durante a avaliação médica, é realizada essa avaliação e prestado o melhor aconselhamento ao potencial dador de sangue, podendo ser adiado por um período de tempo, pois o médico será nesta área o “melhor conselheiro” do dador.


12. Quais os cuidados que devo ter após a dádiva?
O doador deve alimentar-se bem, ingerir bastante líquido e evitar bebidas alcoólicas, bem como, fumar nas primeiras duas horas e esforço físico no dia da dádiva.

13. O que é feito com o sangue doado?
O sangue é separado em hemocomponentes, como concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma fresco. Após a realização dos testes laboratoriais, esses hemocomponentes são enviados aos hospitais para serem usados em pacientes que estão com hemorragias, em tratamento quimioterápico, para cirurgias, transplantes etc. O plasma excedente (que não foi utilizado nos pacientes) também poderá ser encaminhado à indústria de Hemoderivados para produção de medicamentos que serão utilizados por pacientes portadores de doenças hemorrágicas.

14. Os exames realizados na dádiva são uteis para um diagnóstico de possíveis doenças?
As características dos testes sorológicos são adequadas para a triagem laboratorial antes da liberação da bolsa de sangue, não sendo utilizados para diagnóstico de doenças.


15. Se eu estiver com dúvida sobre a possibilidade de contaminação por algum vírus transmitido através da doação, devo doar sangue?
De forma nenhuma. O candidato com intenção de realizar os testes sorológicos não deve doar; primeiro porque os testes realizados não se prestam para diagnóstico e segundo porque existe a possibilidade de ele se encontrar em "janela imunológica".

16. O que é "janela imunológica"?
Janela imunológica corresponde ao período em que o organismo já está infectado, mas ainda não produz anticorpos em suficientes para serem detectados nos testes da triagem sorológica. O tempo difere de doença para doença e, com o aperfeiçoamento dos testes e o desenvolvimento de outros, será possível a detecção cada vez mais precoce da infecção. Mas, por enquanto, é na entrevista de triagem clínica que se pode levantar informações sobre situações de risco para janela imunológica. Daí, a importância da sinceridade do doador ao responder as perguntas feitas na triagem.

17. Por que quem recebeu transfusão quando pode voltar a doar sangue de novo?
Em Portugal a pessoa que foi alvo de transfusões de sangue vs componentes jamais pode doar sangue durante a sua vida, por estranho que possa parecer… afinal não existe segurança absoluta nas análises que são efectuadas, o que nos deixa suspensos ao sentimento do aparecimento de qualquer doença infecciosa, neste caso os receptores.

18. Por que são feitas tantas perguntas a respeito da vida sexual (comportamento sexual) do candidato à doação?
Porque várias doenças transmitidas via relações sexuais são também transmitidas pela transfusão de sangue. Algumas delas podem também demorar a serem identificadas nos exames de sangue. Por isto, o triagista avalia se a pessoa esteve exposta a alguma situação com um risco maior que o habitual para adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DST); uma vez que todas as pessoas sexualmente activas são consideradas sob risco de adquirir uma DST. Não poder doar por uma determinada situação, não significa que a pessoa apresente comportamento de risco, que seja de grupo de risco ou promiscua. Significa apenas que ela deve aguardar um prazo de segurança para que, se tiver adquirido alguma doença, o exame consiga detectá-la, protegendo o receptor do sangue.

Se você tem mais alguma dúvida sobre doação de sangue, entre em contacto com o IPST, enviado as dúvidas para a ADASCA via e-mail: geral@adasca.pt. Teremos a maior satisfação em prestar mais esclarecimentos. Também podemos disponibilizar literatura sobre sobre estas questões, como outras ainda.

Sigam-nos pelo site www.adasca.pt

J. Carlos

Artigo Adaptado

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