Tire suas dúvidas sobre dádiva de sangue
conferindo as respostas e perguntas mais frequentes sobre o assunto.
1. Qual é a quantidade de
sangue colhida em cada dádiva?
Em cada doação, são colhidas
aproximadamente 450 ml de sangue.
Não, porque na doação de sangue se
retira menos do que 10% do volume sanguíneo total de um adulto.
3. Quanto tempo demora para
que meu organismo reponha a quantidade de sangue colhida na dádiva?
O plasma é reposto em algumas horas, as
plaquetas se restabelecem em alguns dias, e as hemácias demoram alguns meses. Por esse motivo, a doação de sangue só pode ser realizada
a cada 90 dias para os homens e 120 dias para as mulheres.
4. Se eu doar sangue uma vez,
sou obrigado a doar de novo?
Não. A dádiva de sangue é um acto
altruísta e voluntário que depende da iniciativa de cada cidadão, e o retorno é
o entendimento de que só nós somos a única fonte desse produto.
5. É necessário estar em jejum
para doar?
Não. É importante que o doador se
alimente normalmente, evitando ingerir alimentos gordurosos no dia da doação.
Após o almoço, é necessário esperar cerca de duas horas e meia para efectuar a
doação de sangue.
6. Corro algum risco de
contaminação doando sangue?
Não. Todo o material utilizado é
estéril, de uso único e descartável.
7. Posso apresentar alguma reacção
doando sangue?
Raramente acontece e, na maioria das
vezes, está relacionada com a ansiedade. Caso haja alguma reacção, no local da
colheita de sangue há sempre uma equipa preparada para atender a qualquer
intercorrência.
8. Durante o período
menstrual, a mulher pode doar sangue?
Sim, não há nenhum risco ou contra
indicação médica para a saúde da mulher na dádiva de sangue.
9. É realizado algum exame no
sangue doado?
Sim. Tipagem sanguínea, sorologia para
hepatites B e C, doença de Chagas, sífilis, HIV (vírus da Aids) e HTLV.
10. Eu sou informado se algum
exame apresentar valores alterados?
Sim. Se algum exame indicar resultados
não aceites nos padrões médicos, é enviada correspondência para a residência do
dador solicitando o seu comparecimento para receber orientação médica e será
efectuada colheita/amostra de sangue. É importante que o dador não deixe de
comparecer no local de colheitas para que possam ser esclarecidas as dúvidas.
Resultados reagentes nos testes sorológicos podem ocorrer por vários motivos,
não significando, necessariamente, que exista alguma doença.
11. É possível doar sangue
fazendo uso de medicamentos?
Depende do tipo da medicação. No dia da
dádiva, durante a avaliação médica, é realizada essa avaliação e prestado o
melhor aconselhamento ao potencial dador de sangue, podendo ser adiado por um
período de tempo, pois o médico será nesta área o “melhor conselheiro” do
dador.
12. Quais os cuidados que devo
ter após a dádiva?
O doador deve alimentar-se bem, ingerir
bastante líquido e evitar bebidas alcoólicas, bem como, fumar nas primeiras
duas horas e esforço físico no dia da dádiva.
13. O que é feito com o sangue
doado?
O sangue é separado em hemocomponentes,
como concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma fresco. Após a
realização dos testes laboratoriais, esses hemocomponentes são enviados aos
hospitais para serem usados em pacientes que estão com hemorragias, em
tratamento quimioterápico, para cirurgias, transplantes etc. O plasma excedente
(que não foi utilizado nos pacientes) também poderá ser encaminhado à indústria
de Hemoderivados para produção de medicamentos que serão utilizados por
pacientes portadores de doenças hemorrágicas.
14. Os exames realizados na
dádiva são uteis para um diagnóstico de possíveis doenças?
As características dos testes
sorológicos são adequadas para a triagem laboratorial antes da liberação da
bolsa de sangue, não sendo utilizados para diagnóstico de doenças.
15. Se eu estiver com dúvida
sobre a possibilidade de contaminação por algum vírus transmitido através da
doação, devo doar sangue?
De forma nenhuma. O candidato com
intenção de realizar os testes sorológicos não deve doar; primeiro porque os
testes realizados não se prestam para diagnóstico e segundo porque existe a
possibilidade de ele se encontrar em "janela imunológica".
16. O que é "janela
imunológica"?
Janela imunológica corresponde ao
período em que o organismo já está infectado, mas ainda não produz anticorpos
em suficientes para serem detectados nos testes da triagem sorológica. O tempo
difere de doença para doença e, com o aperfeiçoamento dos testes e o
desenvolvimento de outros, será possível a detecção cada vez mais precoce da
infecção. Mas, por enquanto, é na entrevista de triagem clínica que se pode
levantar informações sobre situações de risco para janela imunológica. Daí, a
importância da sinceridade do doador ao responder as perguntas feitas na
triagem.
17. Por que quem recebeu
transfusão quando pode voltar a doar sangue de novo?
Em Portugal a pessoa que foi alvo de
transfusões de sangue vs componentes jamais pode doar sangue durante a sua vida,
por estranho que possa parecer… afinal não existe segurança absoluta nas
análises que são efectuadas, o que nos deixa suspensos ao sentimento do
aparecimento de qualquer doença infecciosa, neste caso os receptores.
18. Por que são feitas tantas
perguntas a respeito da vida sexual (comportamento sexual) do candidato à
doação?
Porque várias doenças transmitidas via
relações sexuais são também transmitidas pela transfusão de sangue. Algumas
delas podem também demorar a serem identificadas nos exames de sangue. Por
isto, o triagista avalia se a pessoa esteve exposta a alguma situação com um
risco maior que o habitual para adquirir doenças sexualmente transmissíveis
(DST); uma vez que todas as pessoas sexualmente activas são consideradas sob
risco de adquirir uma DST. Não poder doar por uma determinada situação, não
significa que a pessoa apresente comportamento de risco, que seja de grupo de
risco ou promiscua. Significa apenas que ela deve aguardar um prazo de
segurança para que, se tiver adquirido alguma doença, o exame consiga
detectá-la, protegendo o receptor do sangue.
Se você tem mais alguma dúvida sobre
doação de sangue, entre em contacto com o IPST, enviado as dúvidas para a
ADASCA via e-mail: geral@adasca.pt. Teremos a
maior satisfação em prestar mais esclarecimentos. Também podemos disponibilizar literatura sobre sobre estas questões, como outras ainda.
Sigam-nos pelo site www.adasca.pt
J. Carlos
Artigo Adaptado
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