Quando
se decide comemorar um aniversário, quer seja de uma pessoa ou de uma
instituição é porque existem razões de ordem pessoal para o fazer, ou de ordem
social, como é o caso da ADASCA.
Hoje
comemora-se o 9º. Aniversário da única Associação de Dadores de Sangue do
Concelho de Aveiro em paralelo com uma Colheita de Sangue aqui junto da sua
Sede social e Posto Fixo. Os dadores são a são principal razão desta
comemoração.
Decorridos
estes 9 anos, com imensos amargos de boca, com algumas derrotas à mistura, mas,
também com alguns objectivos concretizados, sempre visando o melhor para os
dadores de sangue quer sejam nossos associados ou outros que nos procuram
ocasionalmente, na medida em que somos visitados por dadores das mais
diversas localidades do Distrito, tais como de Estarreja, Albergaria, Ovar,
Espinho, Esmoriz, Águeda, Oliveira do Bairro, Oiã, Anadia, Mealhada, Ílhavo, Vagos,
Mira, Sever do Vouga, Talhadas do Vouga,
Oliveira de Azeméis, Esmoriz, Ovar, até da figueira da Figueira da Foz, entre
outras localidades. Estas visitas torna o peso das nossas responsabilidades
ainda maior, dizendo-nos que não se deve brincar em serviço apesar de todos
sermos voluntários.
Nestes nove anos de existência um pouco atribulada, com o imprescindível apoio da Câmara Municipal de
Aveiro, como da União de Junta s de Freguesia da Glória e Vera Cruz conseguimos
ter Sede e Posto Fixo a funcionar em pleno, devidamente equipados. É caso para
dizer: a região de Aveiro está mais bem servida com a dinâmica que a ADASCA tem
vindo a implementar na área da dádiva de sangue. Só não vê quem não quer.
Resultados de uma séria e tenaz dedicação.
Não
temos a menor dúvida que presentemente a ADASCA é a associação que mais
resultados têm alcançado em termos de dádivas de sangue, se tivermos em conta
que não nos é permitido deslocarmos às restantes Freguesias que compõem
geograficamente o Concelho de Aveiro, nem sequer ao interior do Campus
Universitário para ali realizarmos sessões de colheitas. O posso e mando são
reflexos de puro autoritarismo.
Em tempos ainda nos deslocávamos à Freguesia
de S. Jacinto, agora apenas nos resta a Freguesia de Cacia, quanto às restantes
nem pensar, por força do proteccionismo doentio existente em torno de uma
associação congénere, sediada num Concelho limítrofe, o que
não deixa de ser no mínimo ridículo ou surrealista.
Não
foi fácil conduzir os destinos desta associação até este dia. A geografia de
sessões de colheitas para Aveiro está há anos prisioneira de interesses. Quem
conhece as actividades desta associação sabe que não estamos a alegar nada que
não corresponda à verdade. Vícios adquiridos e implementados no terreno como se
alguém fosse o dono disto tudo.
Não
há um sim, sem um senão: nunca foi feito tanto em prol dos dadores e por sua
vez em prol da dádiva no Concelho de Aveiro, desde que a Associação de Dadores
de Sangue do Concelho de Aveiro surgiu no ano de 2006, por estranho que possa
parecer, contra a vontade de algumas pessoas recheadas de boas intenções, que
procuraram colocar-se ao projecto.
A
colagem a interesses estranhos, esquisitos, entram-nos pelos olhos adentro, só
lamento que os dadores não abram os olhos, continuem a deixar-se levar com
palmadinhas nas costas. Será que não sabem distinguir quem lhes quer bem, quem
procura fazer tudo para que a nossa dignidade seja respeitada na íntegra? Não
deixa de ser estranho. A mim incomoda-me profundamente. Assim me exprimo porque
ainda dou sangue, tendo efectuado a última dádiva no pretérito dia 27 de
Janeiro.
De
vez enquando perguntam-me: “doar sangue no Posto Fixo da ADASCA ou noutra
associação qualquer não é tudo para o mesmo”? É. Mas, não é tudo o mesmo. Como
o Benfica não é o Porto, nem o adepto do Porto não vai pagar as cotas no
Benfica. Convém recordar que a ADASCA nesta data congrega cerca de 3671 dadores
associados de pleno direito. Sendo este o seu património mais valioso.
Esta
exposição dava pano para mangas. Repito: abram os olhos, e procurem saber quem
está na vossa retaguarda a defender reposição das taxas moderadoras nos
hospitais públicos e não só, quem dá a cara e os ouvidos por vós enquanto
outros se fazem de “raposas manhosas” para não ficarem mal vistos.
Lendo
a edição do CM do dia 12 de Janeiro, página 11deparo-me com um texto que
resulta da leitura de uma sentença pelo juiz Bráulio Alves contra um
funcionário do estado que prevaricou e diz o seguinte: “Nós, que servimos o
estado, temos o dever de isenção, rigor e disciplina superior ao das outras
pessoas”. Faltam estes atributos a alguns funcionários do CST de Coimbra.
Finalmente,
e por falar do CST de Coimbra é tempo de introduzir outra orgânica a nível de
recursos administrativos, onde o dialogo, a cooperação e a aproximação se façam
sentir como factores motivacionais nas relações humanas, deixando de ser um
centro de promoção de conflitos como deixa transparecer para o exterior.
Esta
é uma das nossas sérias preocupações que daremos conta em reunião no dia 10 do
corrente com o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Dr. Fernando
Araújo, como ainda a preocupação que nos assiste pela nomeação do novo
presidente do conselho directivo do IPST, na medida em que o actual tem deixado
muito a desejar, a partir do momento de nos adjectivou de terroristas de sangue
e de sindicalistas.
QUEM
NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER!
Amem
a liberdade, sejam felizes.
Joaquim
Carlos
Presidente
da Direcção da ADASCA
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