GERALDO PEREIRA -
Dinarco Reis foi um protagonista atuante das lutas do nosso povo pela democracia, pela independência e pelo progresso no rumo do socialismo. |
Conheci Dinarco Reis há muitos anos. Desde ontem, tento encontrar um livro de sua autoria me presenteado por ele com uma dedicatória fraterna. A letra tremida, escrita com certa dificuldade num intervalo de uma reunião dos homens que pensam o Brasil, aqui em São Paulo na década de oitenta.
Tinha por Dinarco assim como pelos seus companheiros do PCB, David Capistrano, Apolônio de Carvalho e outros que a memória não me ajuda no momento, grande admiração. Eles dedicaram as suas existências com rara coragem na defesa das boas causas, das boas causas não só da sua Pátria, na Espanha também para onde viajaram a fim de defender o governo popular. Estiveram também na França, combateram o nazismo de Hitler, defendendo a Democracia com armas nas mãos, quando os nazistas tomaram Paris, na Segunda Grande Guerra Mundial.
Dinarco era carioca de Vila Isabel, faleceu em 1988, aos 84 anos, no banheiro de sua residência após levar um tombo, sozinho.
No outro livro do Dinarco, “A Luta de Classes no Brasil e o PCB – Volume II”, encontram um belo poema seu, intitulado: “Com a Tua Ausência”, dedicado “À Lygia, por toda uma vida”.
Publicando este pedaço da sensibilidade de Dinarco, resgatamos um pouco a sua memória. Como deixar de presenteá-los aos leitores de POETAS E POESIAS DE ONTEM E HOJE, esse instante em que o grande revolucionário se encontra com a poesia.
Com a Tua Ausência
(Dinarco Reis)
Com a tua ausência como tudo é triste!
Tudo é sombrio, soluçante, mudo...
Em tudo a mórbida apatia existe;
Existe a mágoa torturante em tudo!
Com a tua ausência o sabiá não canta,
Nem voa a abelha no jardim brincando.
As flores gemem de saudades – Lygia!
E a lua passa pelo céu chorando...
Com a tua ausência que aflição, que horror!
Tudo fenece, morre e agoniza.
As brisas choram tua ausência, Flor!
E as flores pedem teu carinho, Brisa!
Tudo definha pela ausência tua.
Tudo soluça desde que partiste.
E a abelha, as flores, a brisa e a Lua.
Dizem: Desde que partiste, como tudo é triste!
À Lygia,
por toda uma vida
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