MIRANDA SÁ -
“Pode-se facilmente compreender uma criança que tenha medo do escuro. A verdadeira tragédia da vida é quando homens e mulheres adultos têm medo da luz ” (Platão)
Os dicionários trazem o verbete “Evolução” como substantivo feminino – passagem sucessiva de pessoas, coisas, acontecimentos… Prefiro quando evolução é substantivo masculino, substituída por darwinismo, e definida como processo contínuo de mudança, adaptando-se ao meio e se aperfeiçoando.
Não sei explicar o porquê de professores e livros didáticos insistirem em falar da “Teoria da Evolução”… Isso ‘já era’! É a “Lei da Evolução”. Não precisamos ser cientistas para saber que tudo no planeta sofreu transformações ao longo dos bilhões, milhões, milhares de anos…
Os meios científicos falam da origem da vida como iniciada a 4,6 bilhões de anos e afirmam que tal fenômeno se deveu às descargas elétricas interagindo com um amontoado de substâncias cósmicas, gases, poeira, rochas, etc.
Com pesar, atestamos que só no século 19 os sábios, e por decantação a camada mais esclarecida da população, arrancaram a venda dos olhos, que obscurecia a verdade científica, embora se confrontando com a imensa maioria que acreditava na fantasia da humanidade descender de Adão e Eva!
Os gregos antigos já não acreditavam no “criacionismo”; sua mitologia expressava a realidade social. Os deuses e deusas do Olimpo foram criados a imagem e semelhança das pessoas humanas, tinham os mesmos sentimentos e as mesmas emoções. E, além das idiossincrasias, simpatias, desejos e ciúmes, faziam filhos entre si e também com os mortais…
Na sua irreverência, Isaac Asimov escreveu que “Os criacionistas fazem com que uma teoria pareça uma coisa que se inventou depois de beber a noite inteira…” Lembra-nos que os cientistas Harold Urey e Stanley Miller desmontaram a lenda criacionista com uma simples experiência de laboratório, misturando elementos da atmosfera primitiva e lançando sobre eles descargas elétricas. E assim produziram os aminoácidos essenciais à vida.
Fora da ciência, temos diversas religiões que abordam a evolução; pregam a existência de vida após a morte e projetam um sistema evolutivo da alma. No Ocidente há uma farta literatura espírita sobre a evolução espiritual, inspirada em Alan Kardec…
Na política já se fala nisso… Pare escrever este texto, inspirei-me num debate do Twitter em que um simpatizante do PT reconheceu a calamidade do populismo governamental e, confundindo essa coisa que aí está com socialismo, disse ter a esperança na sua “evolução”.
Dessa maneira, por ignorância ou ingenuidade demonstrou mais um distúrbio de orientação. O socialismo não evolui nem evolui. Colocado no céu das utopias modernas – é como a aurora no horizonte, linda, mas dura pouco.
Na prática, até hoje nenhuma sociedade atingiu este regime apesar de várias tentativas conhecidas; na teoria, temos “A República” de Platão, um diálogo socrático do século IV a.C. discutindo um sistema ideal…
A sociedade platônica seria dividida em três classes: os chefes, os militares e os produtores e artesãos. Parece com o PT-governo: acima, os hierarcas do PT; no andar de baixo, a militância aparelhada na administração pública; e nós trabalhadores, só servimos para pagar o sustento deles através de impostos abusivos.
Era inimaginável para o filósofo grego conceber que na sua República que os chefes dos guardiões e os guardiões seriam ladrões descarados e atrevidos, como são os pelegos lulo-petistas…
Também o nosso Machado de Assis conquanto julgasse impossível instituir a República de Platão, simpatizava com ela; mas ele também, ao seu tempo, jamais poderia imaginar que o Brasil se tornaria a República da Corrupção!
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