Na sombra deste negro período da história, recomprometemo-nos a uma visão de liberdade para o crescimento de todos. Numa Europa pluralista, estamos convencidos da necessidade de uma visão cristã da liberdade humana. Consideramos que a liberdade faz parte de nós próprios dado que Deus nos criou livres. A nossa liberdade cristã é dada por Deus, sustentada em Cristo, e chama-nos a todos, a uma vida de serviço de uns aos outros. (…)
Neste nosso encontro em Roma, discutimos um número de aspetos da liberdade orientada para a responsabilidade para com Deus e o nosso vizinho e assim :
- pedimos uma liberdade que denuncie a opressão e a violência feita em nome de qualquer religião contra as mulheres;
- pedimos uma liberdade que resgate migrantes no Mediterrâneo, e trabalhe para a erradicação das causas da migração desesperada e permita a todos viver pacificamente na sua terra natal;
- pedimos uma liberdade comprometida pelo fim da moderna e global escravatura e trafico humano de acordo com a declaração de 2 de Dezembro feita pelos líderes religiosos para o fim da escravidão;
- pedimos uma liberdade que nomeie a Criação como dom sagrado, especialmente quando as comunidades de fé procuram partilhar a sua visão sobre as questões do ambiente e acompanham as conversações de Paris sobre o clima em Dezembro (COP 21);
- pedimos uma liberdade que escolhe a esperança em vez do desespero, e vive em solidariedade com os jovens na sua luta na construção de carreiras e de criar famílias.
Setenta anos após o fim da Segunda Grande Guerra, oramos por uma paz duradoura na Europa e em todo o Mundo, que seja fruto da Justiça. Em tudo o que façamos que possamos retornar ao grito da Escritura:
«Meus irmãos, foram chamados para a liberdade. Que essa liberdade não seja uma desculpa para seguirem os vossos maus instintos. Pelo contrário, ponham-se ao serviço uns dos outros, praticando o amor de Cristo» (Gálatas 5, 13)
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