segunda-feira, 21 de março de 2016

EM APENAS 10 DIAS COMO PRESIDENTE, MARCELO JÁ CONSEGUIU IRRITAR PASSOS


 
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cumprimenta Pedro Passos Coelho na cerimónia de tomada de posse
Ao fim de apenas 10 dias de mandato na Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa já conseguiu irritar Passos Coelho. É o que se pode depreender das palavras do líder do PSD sobre a Banca.
Em causa estão declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, aquando do encontro com o Rei de Espanha, em Madrid, em que o Presidente da República alertou Filipe VI para o facto de que a banca espanhola não pode ter presença “exclusiva” em Portugal.
Comentando também a alegada interferência directa de António Costa nas negociações entre o CaixaBank e Isabel dos Santos, no âmbito do BPI, Passos Coelho entende que nem o governo, nem o Presidente da República devem intervir nas questões da Banca.
O Expresso noticiou que António Costa terá reunido com Isabel dos Santos para desbloquear o acordo com o CaixaBank no BPI, no sentido de a empresária angolana vender as suas acções na entidade financeira, enquanto esta lhe cederia o controlo do Banco Fomento Angola.
“Não é uma matéria em que o Governo se deva envolver. O primeiro-ministro não tem competência nenhuma nesta matéria”, salienta Passos Coelho, conforme declarações citadas pelo Observador, que nota que o líder do PSD sublinha ainda que “nem o Presidente da República tem competênciasnesta matéria”.
Estas declarações deixam antever o desconforto de Passos com a actuação de Marcelo, ao cabo de apenas 10 dias de mandato do novo Presidente da República.
jornal i fala mesmo no “primeiro choque frontal” entre os dois sociais-democratas que “nunca gostaram um do outro”, escreve-se na capa do diário que lembra que “Passos tentou travar a candidatura de Marcelo, que acabou por apoiar a contragosto”.
Entretanto, o líder do PSD pede a António Costa que faça um “cabal esclarecimento” sobre o caso BPI, comparando a actuação deste governo com o de José Sócrates no âmbito do BCP, da Caixa e do PT.
“Não temos boa memória dos tempos em que os Governos se envolviam em processos societários que não respeitam ao Estado”, atira Passos Coelho.
Fonte:ZAP

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