Manifesto contra o domínio espanhol da banca portuguesa está a ser organizado por um grupo de 50 personalidades, informou este domingo o comentador político Marques Mendes.
São 50 personalidades, entre empresários, banqueiros e economistas, que estão associadas a esta iniciativa para defender a banca portuguesa do domínio espanhol, avança o Diário de Notícias.
A informação, avançada este domingo por Marques Mendes no seu espaço de comentário na SIC, revela que está a ser preparado um manifesto devido à preocupação com a ameaça da “espanholização” da banca nacional.
“Os bancos portugueses poderiam ser dominados por espanhóis. Mas este é um tema que está a ser tão discutido, que pelo que sei está a ser preparado um manifesto de várias personalidades”, declarou o ex-líder do PSD, citado pelo Observador.
“Vamos ver se se concretiza, não vejo mal desde que não caia na tentação do populismo, na demagogia e na hipocrisia”, acrescentou o comentador político.
Entre os impulsionadores deste movimento está o empresário Alexandre Patrício Gouveia e o ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos João Salgueiro.
Recorde-se que Patrício Gouveia foi, há dez anos, um dos promotores de um outro manifesto chamado “Compromisso Portugal”, que defendia a manutenção dos centros de decisão em Portugal.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa já tinha tocado no assunto a semana passada, durante a visita oficial ao reis de Espanha.
O chefe de Estado lembrou o rei Filipe VI que a presença espanhola na banca portuguesa era “significativa” mas que isso não poderia representar nunca um “exclusivo”.
Este fim-de-semana, o jornal Expresso noticiou que o primeiro-ministro se reuniu com a empresária angolana Isabel dos Santos para ultrapassar o impasse no BPI.
O encontro terá conciliado um acordo com o La Caixa, tendo a filha do presidente angolano concordado em vender a sua participação no banco português ao grupo espanhol e o BPI a ceder as suas ações do banco angolano BFA à Unitel, operadora onde Isabel dos Santos é uma das maiores acionistas.
Por sua vez, Passos Coelho, não deixou passar esta situação ao lado e exigiu que António Costa explicasse esta alegada “interferência”.
“Não temos boa memória dos tempos em que os governos e os primeiros-ministros se envolviam em processos societários que não respeitam ao Estado, respeitam aos privados, e era muito importante que houvesse um cabal esclarecimento dessa matéria”, afirmou o líder do PSD.
Fonte: ZAP
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