quinta-feira, 17 de março de 2016

ESTADO NÃO VENDEU MAS PERDEU A TORRE ONDE NASCEU PORTUGAL


 
Ninguém sabe muito bem quem é o dono da famosa torre em Guimarães com a inscrição “Aqui Nasceu Portugal”, mas aquele que é visto como o símbolo do berço da nacionalidade pode estar nas mãos de um empresário de Famalicão.
Este dado foi denunciado pelo vereador da CDU na Câmara de Guimarães, Torcato Ribeiro, durante a reunião de quarta-feira do executivo vimaranense.
Torcato Ribeiro acusou a autarquia de “negligência na defesa do interesse de Guimarães”, conforme cita o Guimarães Digital, por alegadamente não ter exercido o direito de preferência na compra de um imóvel que garantirá o acesso à antiga Torre da Alfândega.
O empresário de Famalicão, Domingos Machado Mendes, terá adquirido, em 2014, o imóvel com os únicos acessos existentes rumo à Torre.
“Esta parte foi vendida a 12 de Agosto de 2014 por 190 mil euros e a Câmara, diz aqui na escritura, não exerceu o direito de preferência”, sublinha Torcato Ribeiro citado pelo Jornal de Notícias.
O caso é complexo porque, conforme disse o vereador da Cultura na reunião do executivo, o imóvel alegadamente adquirido pelo empresário “não corresponde ao edifício da antiga torre e, por isso, a Autarquia não exerceu o direito de preferência”, segundo cita o Guimarães Digital.
A publicação atesta que, neste momento, “não está devidamente clarificada” de quem é a propriedade da dita Torre.
A autarquia terá planos turísticos para permitir o acesso à torre da antiga muralha, o que poderá estar em causa ou exigir, no mínimo, uma negociação com o empresário que poderá tirar partido do facto de ser o dono do espaço por onde se pode aceder ao local.
No meio do confronto político despoletado pelo caso, o PSD, pela voz de André Coelho Lima, questiona o envolvimento de Domingos Machado Mendes no caso, notando a suspeita por o nome do empresário “andar à frente de alguns negócios da Câmara de Guimarães“, segundo cita o Guimarães Digital.
O Jornal de Notícias acrescenta que esta é a quarta situação em que o empresário consegue adquirir terrenos “onde a Câmara tinha intenção de instalar serviços”, depois das polémicas com a Cidade Desportiva e com o edifício do posto de saúde da Oliveira.
ZAP

Comentário: venderam tudo do melhor que o País tinha, nem sequer as muralhas escapam, e o Povo a assistir ao cenário, sem reagir, sob pena de ter que responder em tribunal por desobediência ao Estado.
Vender a história de Portugal ao diabo por nada é obra.

J. Carlos

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