A empresa estatal venezuelana de energia eléctrica suspendeu esta sexta-feira o fornecimento de electricidade à Asamblea Nacional de Venezuela, o Parlamento do país, horas depois de o presidente Nicolás Maduro ter acusado os deputados de sabotar a sua gestão.
A suspensão do fornecimento de energia eléctrica pela empresa estatal Corpoelec foi confirmada ao diário Noticia al Dia pelo deputado Jesus Yánez.
O deputado acusou o presidente venezuelano Nicolás Maduro de ter declarado guerra ao parlamento, onde a oposição tem uma maioria qualificada desde as últimas eleições.
Segundo o deputado, a suspensão afectou ainda a redacção do diário El Impulso e algumas habitações na vizinhança do Parlamento.
“Se o ataque é contra a Assembleia Nacional, que culpa têm os sectores circundantes do parlamento? Porque os próprios vizinhos que trabalham e vivem nas proximidades se têm queixado que lhes tiraram a luz?”, perguntou Jesus Yánez aos jornalistas.
O presidente do Parlamento, Henry Ramos Allup, reagiu à suspensão e anunciou que o parlamento do país continuará a legislar, mesmo sem energia eléctrica.
“Continuaremos a trabalhar em defesa do povo venezuelano. Onde devem cortar a luz é no palácio presidebncial de Miraflores e no Supremo Tribunal de Justiça, para que não continuem a destruir a Venezuela”, escreveu Allup na sua conta do Twitter.
“Estas imbecilidades oficiais só nos provocam gargalhadas”, diz o presidente do Parlamento.
O presidente Maduro implementou recentemente um plano de emergência de racionamento de energia eléctrica, que passa pelo corte do fornecimento doméstico durante quatro horas por dia.
No âmbito dos cortes previstos pelo plano, os funcionários públicos não trabalham às sextas-feirasdurante dois meses, para reduzir o consumo de eletricidade e água no país – alegadamente afetado por uma seca provocada pelo fenómeno meteorológico El Niño.
Em março, a Venezuela parou 9 dias para poupar água e energia.
ZAP
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