Mais de quatro horas depois do início do protesto, a marcha lenta de taxistas que hoje se realiza em Lisboa chegou ao parlamento às 13:45, encabeçada pelos dirigentes das duas associações de táxis que convocaram a contestação.
Os dois dirigentes, da ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e da FPT - Federação Portuguesa do Táxi, empunhavam uma faixa a dizer "Uber ilegal é crime nacional".
Os taxistas começaram a concentrar-se às 13:45 em frente à escadaria principal da Assembleia da República (AR), que está vedada por um gradeamento, encontrando-se dezenas de polícias nas escadas.
Os taxistas entraram no parlamento às 14:05, onde vão ser ouvidos pela Comissão de Economia, pela Comissão de Ambiente e pelo chefe de gabinete do presidente da AR, Ferro Rodrigues.
A recebê-los, à entrada do parlamento, esteve a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, que se manifestou solidária com os taxistas, defendendo que o "transporte deve ser justo, correto e com concorrência leal".
Na terça-feira vai decorrer um debate na Assembleia Municipal da capital sobre os transportes na Área Metropolitana de Lisboa (AML).
"Está a haver uma revolução nos transportes da AML. Não sei se as pessoas da AML já se aperceberam disso", disse Helena Roseta.
As largas centenas de táxis estendem-se por toda a Avenida D. Carlos I e a Avenida 24 de Julho.
Às 13:45, a circulação no sentido ascendente da Avenida D. Carlos I, em direção ao parlamento, encontrava-se cortada ao restante trânsito.
No local estavam dezenas de polícias a controlar a manifestação e a controlar o trânsito e junto ao parlamento estão várias carrinhas da PSP.
Em Lisboa, os taxistas em protesto contra a empresa de serviço de transporte privado Uber partiram às 09:30, em marcha lenta, do Campus de Justiça, no Parque das Nações, em direção ao aeroporto de Lisboa.
A marcha lenta, com destino à Assembleia da República, passou pelo aeroporto, Rotunda do Relógio, Avenida Almirante Gago Coutinho, Avenida Estados Unidos da América, Entrecampos, Avenida da República, Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida da Liberdade, Rossio, Rua do Ouro, Câmara de Lisboa e Avenida 24 de Julho.
Esta iniciativa é o culminar de uma semana de luta destas duas associações para pressionar o Governo a suspender a atividade da Uber.
O serviço de transporte Uber permite chamar um carro descaracterizado com motorista privado através de uma plataforma informática, que existe em mais de 300 cidades de cerca de 60 países.
O protesto de taxistas decorreu também no Porto e em Faro.
TSF
Nenhum comentário:
Postar um comentário