A líder do
CDS-PP disse hoje, em Santarém, que o secretário-geral do PCP saiu no momento
da votação do Plano de Estabilidade no parlamento "por ter vergonha de ter
engolido um sapo enorme e dar o dito por não dito".
© Global Imagens
Assunção
Cristas, que participou sexta-feira à noite num jantar com militantes no Centro
Nacional de Exposições, em Santarém, disse que Jerónimo de Sousa "teve
vergonha de ter andado uma semana a dizer que era contra o Plano de
Estabilidade e, na hora H, quando foi chamado aos votos, não foi capaz de dar a
cara e deixou a sua bancada com os demais, porque não teve coragem para dar a
cara por algo em que não acreditava".
A maioria de
esquerda na Assembleia da República chumbou sexta-feira o projeto de resolução
do CDS-PP para a rejeição do Programa de Estabilidade e revisão do Programa
Nacional de Reformas.
"Eu
gostava de saber onde foi Jerónimo de Sousa hoje ao meio-dia quando o Programa
de Estabilidade foi votado", afirmou a líder centrista, considerando que a
votação no parlamento "provou" que existe "um Governo das
esquerdas unidas".
"Aquela
coisa que eu não designo com um nome que o primeiro-Ministro já adotou, mas que
eu não quero usar, eu diria que provou que existe, que está de boa saúde",
declarou.
Para Assunção
Cristas, ficou "claro que PS, PCP, BE e Verdes são responsáveis por um
Plano de Reformas vazio, por um Plano de Estabilidade que não casa com o Plano
Nacional de Reformas, por austeridade encapotada por outra" que ainda não
se vê, mas que se sabe "que está lá e vai existir".
A líder
centrista assegurou que o seu partido tudo fará para que "os portugueses
saibam que há uma alternativa, que há outro caminho", fazendo uma oposição
"firme, sólida e construtiva".
Nesse sentido,
o CDS fez o primeiro agendamento potestativo, estando marcado para a próxima
quinta-feira o debate sobre o apoio à natalidade e à família, para o qual foi
entregue, sexta-feira, um "pacote" com 25 medidas nesse âmbito,
metade das quais projetos-lei, da responsabilidade do parlamento, e a outra
metade projetos de resolução (recomendações ao Governo), declarou.
Assunção
Cristas prometeu outros agendamentos, "ao ritmo em que forem sendo
preparadas as matérias", porque se recusa a iniciativas para "encher
chouriços" e porque a apresentação de propostas alternativas será uma
"nota distintiva" do partido.
Respondendo ao
pedido de mais meios e mais apoios para as eleições autárquicas de 2017, feito
pelo líder da distrital de Santarém, Cristas respondeu que "antes dos
candidatos" haverá a definição de uma agenda com ideias assentes em
"cinco traves-mestras".
Com base
nesses princípios, cada eleito do CDS deverá defender uma autarquia amiga das
famílias, amiga das empresas e ativa na procura do investimento produtivo e da
criação de emprego, que tem as contas em ordem para não asfixiar os munícipes,
que se preocupa com a sustentabilidade ambiental e o bom ordenamento do
território e para a qual a cultura é uma trave essencial do desenvolvimento
humano, declarou.
Fonte:noticiasaominuto
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