A Comissão
Nacional do PS decidiu na segunda-feira à noite, por larga maioria, com sete
votos contra e duas abstenções, suspender preventivamente 16 militantes da
Federação de Coimbra envolvidos num processo de falsificação de inscrições
neste partido.
No final da
reunião, a secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, disse aos jornalistas
que a suspensão provisória destes militantes foi proposta pela direção dos
socialistas, o Secretariado Nacional do PS.
Ana Catarina
Mendes referiu também que a decisão de suspensão provisória vigorará até que
haja uma decisão definitiva dos órgãos de jurisdição do PS, primeiro a Comissão
Federativa (de Coimbra) de Jurisdição, depois da Comissão de Jurisdição
Nacional.
Perante os
jornalistas, a secretária-geral adjunta do PS salientou que, em relação a estes
16 militantes socialistas do distrito de Coimbra, "corre neste momento o
processo para os órgãos competentes" ao nível partidário.
De acordo com
Ana Catarina Mendes, este processo, que chegou já ao Ministério Público,
"foi já alvo de imensas notícias" na comunicação social, razão que
alegou para não fazer comentários sobre os factos na origem deste caso.
"É um
processo interno do PS. Mas o que importa sublinhar é que o Secretariado
Nacional do PS não fechou os olhos sobre o que estava a acontecer e a Comissão
Nacional ratificou a decisão de suspender preventivamente estes
militantes", declarou.
Na reunião da
Comissão Nacional do PS, de acordo fontes socialistas, o líder da Federação de
Coimbra, Pedro Coimbra, pediu para que não houvesse votação da proposta do
Secretariado Nacional no sentido de suspender este grupo de militantes.
Uma posição
contestada pelos ex-deputados socialistas Mário Ruivo e Paulo Campos, que
defenderam a proposta de suspensão preventiva apresentada Secretariado Nacional
do PS e pediram a sua votação.
Mário Ruivo
acusou a anterior direção de António José Seguro de nada ter feito para repor a
autenticidade dos cadernos eleitorais da Federação de Coimbra do PS, enquanto o
antigo secretário de Estado Paulo Campos estimou que as falsificações de
inscrições poderão atingir as seis centenas, mais do que as cerca de 120
apuradas pelo Ministério Público.
Fonte: Lusa
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