terça-feira, 5 de abril de 2016

Panama Papers: Primeiro-ministro da Islândia demite-se

Imagem:dinheirovivo
Na comissão de inquérito ao caso Banif, Carlos Costa afirmou que "a única alternativa possível era a liquidação", com custos "superiores".

O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, realçou esta terça-feira que a medida de resolução aplicada ao Banif em Dezembro último foi tomada de "urgência" e que não havia alternativas viáveis a esta intervenção.

"A medida de resolução foi tomada num ambiente de urgência e sem alternativas viáveis", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

Apesar da intervenção do Presidente, Sigmundur David Gunnlaugsson demitiu-se do cargo, o que deverá precipitar eleições.

Sigmundur David Gunnlaugsson, o Primeiro-ministro islandês, demitiu-se esta tarde, na sequência do seu alegado envolvimento no escândalo Panama Papers, confirmou oficialmente o seu partido.

Previamente, o Presidente da Islândia tinha anunciado numa comunicação televisiva a sua recusa em dissolver o parlamento do país, contrariando um pedido nesse sentido emitido por Gunnlaugsson, que enfrentava um voto de falta de confiança por parte da oposição parlamentar e uma contestação popular nas ruas de Reikjavik.

Ao regressar precipitadamente de uma viagem privada aos Estados Unidos, o Presidente Olafur Ragnar Grimsson explicou numa declaração televisiva que antes, de qualquer decisão, pretendia designadamente consultar o Partido da Independência, aliado do primeiro-ministro e do seu Partido do Progresso, para conhecer a posição desta organização política.

“Recusei assinar uma declaração destinada à dissolução do parlamento e informei o primeiro-ministro que não poderia consenti-la antes de me reunir com os responsáveis de outros partidos para conhecer a sua posição”, declarou. No entanto, o Primeiro-ministro não quis esperar mais.

O chefe do executivo já tinha ameaçado dissolver o parlamento caso o seu aliado Partido da Independência optasse por abandonar a coligação governamental.

Na segunda-feira, Gunnlaugsson tinha excluído demitir-se após a revelação de que possui bens dissimulados num paraíso fiscal, no âmbito da publicação dos chamados “Papéis do Panamá” (Panama Papers).

A oposição de esquerda exigiu o seu afastamento logo após a divulgação dos documentos, onde se refere que terá criado em 2007 uma sociedade com a sua mulher nas ilhas Virgens britânicas para gerir a sua fortuna.

Se acordo com os documentos publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), Gunnlaugsson, 41 anos, deteria 50 por cento da sociedade envolvida até ao final de 2009. Quando foi eleito pela primeira vez deputado em Abril de 2009, na qualidade de líder do Partido Progressista, omitiu essa participação na sua declaração de património.


Fonte: economico

Nenhum comentário:

Postar um comentário