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Na
comissão de inquérito ao caso Banif, Carlos Costa afirmou que "a única
alternativa possível era a liquidação", com custos "superiores".
O
governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, realçou esta terça-feira
que a medida de resolução aplicada ao Banif em Dezembro último foi tomada de
"urgência" e que não havia alternativas viáveis a esta intervenção.
"A
medida de resolução foi tomada num ambiente de urgência e sem alternativas
viáveis", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar
de inquérito ao Banif.
Apesar da
intervenção do Presidente, Sigmundur David Gunnlaugsson demitiu-se do cargo, o
que deverá precipitar eleições.
Sigmundur
David Gunnlaugsson, o Primeiro-ministro islandês, demitiu-se esta tarde, na
sequência do seu alegado envolvimento no escândalo Panama Papers, confirmou
oficialmente o seu partido.
Previamente,
o Presidente da Islândia tinha anunciado numa comunicação televisiva a sua
recusa em dissolver o parlamento do país, contrariando um pedido nesse sentido
emitido por Gunnlaugsson, que enfrentava um voto de falta de confiança por
parte da oposição parlamentar e uma contestação popular nas ruas de Reikjavik.
Ao
regressar precipitadamente de uma viagem privada aos Estados Unidos, o
Presidente Olafur Ragnar Grimsson explicou numa declaração televisiva que
antes, de qualquer decisão, pretendia designadamente consultar o Partido da
Independência, aliado do primeiro-ministro e do seu Partido do Progresso, para
conhecer a posição desta organização política.
“Recusei
assinar uma declaração destinada à dissolução do parlamento e informei o
primeiro-ministro que não poderia consenti-la antes de me reunir com os
responsáveis de outros partidos para conhecer a sua posição”, declarou. No
entanto, o Primeiro-ministro não quis esperar mais.
O chefe
do executivo já tinha ameaçado dissolver o parlamento caso o seu aliado Partido
da Independência optasse por abandonar a coligação governamental.
Na
segunda-feira, Gunnlaugsson tinha excluído demitir-se após a revelação de que
possui bens dissimulados num paraíso fiscal, no âmbito da publicação dos
chamados “Papéis do Panamá” (Panama Papers).
A
oposição de esquerda exigiu o seu afastamento logo após a divulgação dos
documentos, onde se refere que terá criado em 2007 uma sociedade com a sua
mulher nas ilhas Virgens britânicas para gerir a sua fortuna.
Se acordo
com os documentos publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de
Investigação (ICIJ), Gunnlaugsson, 41 anos, deteria 50 por cento da sociedade
envolvida até ao final de 2009. Quando foi eleito pela primeira vez deputado em
Abril de 2009, na qualidade de líder do Partido Progressista, omitiu essa participação
na sua declaração de património.
Fonte:
economico
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