João António Pagliosa |
No livro de
João, capítulo 6, versículos 60 a 68, observamos que não existe outro caminho
depois de termos caminhado com Jesus. Depois de termos experiências reais com
Deus, não há como recuar.
Entretanto,
alguns recuam. Entretanto, alguns, apesar de presenciarem extraordinários milagres,
usam e abusam de Deus. Que coisa incrível!
E, presenciamos
isso nas Igrejas. Presenciamos isso nos altares. É de estarrecer... Como o
bicho homem é falho, é fraco, é volúvel. Misericórdia!
Quando você lê o
livro de Lucas, capítulo 8, versículos 26 a 39, o qual versa sobre a cura do
geraseno endemoninhado, percebe com nitidez que demônios vêm apenas para
rouba-lo, mata-lo e destruí-lo.
Os demônios
distorcem e deturpam a nossa visão de Deus. Eles tiram de nós os princípios e,
se não tomarmos cuidado, arruínam a nossa vida.
O geraseno
endemoninhado foi curado e salvo pela intervenção de Jesus.
Em Mateus,
4:1-11, lemos que Jesus vai ao deserto e é tentado pelo demônio. Esclareço ao leitor, que no deserto o demônio
domina. Quando você está no deserto, ou
seja, atravessando sérios problemas, o diabo o domina. O que você deve fazer é
resistir a esse domínio com todas as suas forças, porque atravessar desertos é
tarefa de homens fortes em Deus. Nos desertos, nunca fique só, ao contrário,
cerque-se de pessoas em quem você confia, e peça ajuda, principalmente de seu
pastor, de seus familiares, de seus amigos mais chegados. É mais fácil vencer
ataques do inimigo, quando você está sendo auxiliado por pessoas que o estimam,
e o entendem.
O profeta Elias
teve ataques demoníacos e se isolou no deserto. Ele passou sede, passou fome,
teve depressão profunda, e, isolado, completamente só, Deus era seu único
refúgio.
Mas, é possível
vencer no deserto. Elias venceu! Venceu, porque tinha Deus em sua presença!
Venceu, porque com Deus, não há como ser derrotado!
Voltando para
Lucas, capítulo 8, observamos que os demônios pediram autorização para Jesus,
para que saíssem do geraseno e fossem habitar nos porcos, que por ali
circulavam. Prezado, demônios infernizam a vida daqueles onde habitam, aqui em
vida terrena. Imagine o que farão no próprio inferno.
No versículo 35,
lemos que o geraseno, já livre dos demônios que o possuíam, estava agora vestido
e em perfeito juízo, e assentado aos pés de Jesus.
Após a saída dos
demônios, o geraseno se reconstituiu, readquiriu sua dignidade, recuperou seu
livre arbítrio. Um homem que não tinha nenhum controle sobre si, agora era
senhor de si e readquirira autogoverno. Aleluia!
Acompanhar Jesus
é uma vida de negação. É negar-se para si, é abrir mão de sua vontade, é
obedecer sem reclamar.
Para os donos daqueles
porcos, seus animais eram mais importantes que Jesus, e em Marcos 5:13, lemos
que Jesus permite aos demônios que saiam do geraseno e passem a habitar a
manada de porcos. E era uma legião, ou seja, muitos porcos, cerca de dois mil animais
que receberam os demônios. E enlouquecidos, precipitaram-se despenhadeiro
abaixo, para dentro do mar, e se afogaram.
Como os
proprietários dos porcos, nós também não queremos perder os nossos porcos, ou
seja, a dureza de nosso coração, a dificuldade de auxiliar aquele que de fato,
necessita.
Quais são os
seus porcos de estimação? Chega a dois mil como aquela manada?
O geraseno obteve
a salvação. Ele sentou-se aos pés de Jesus, desvencilhou-se de suas mazelas,
readquiriu sua vida em plenitude.
Mas às vezes, ou
talvez muitas vezes, nós não queremos o perfeito juízo e continuamos
conservando nossos porcos. E fazemos isso por puro comodismo. Não mudamos
hábitos errados.
Pergunto: O que
Jesus lhe pede, que você não abre mão? A sua soberba? A sua ganância? A sua
preguiça? A sua displicência frente a um mundo em caos?
Querido leitor,
onde abundou o pecado, superabundou á graça de Deus. Aquele geraseno curado e
convertido iria fazer muita diferença na comunidade em que vivia. Transformaria seus pares, pelo seu exemplo.
Nós, que fomos
transformados pelo amor de Jesus, também precisamos fazer muita diferença onde
habitamos, e impactar as pessoas com o nosso comportamento, para que sigam a
Jesus, para que cada um seja Igreja.
A Igreja é uma
montanha de ex. Ex viciados, ex bêbados, ex enganadores, ex mentirosos, ex
doentes, ex pecadores inveterados, e a lista é longa...
Mas, a cruz nos
salvou, a cruz nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus, para este
humilde escriba, não será em vão. E eu oro, para que você também pense e haja,
assim. Glória a Deus, porque a Ele, todo
joelho se dobrará! Sem nenhuma exceção!
João Antonio
Pagliosa
Curitiba, 26 de março de
2016.
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