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Na
comissão de inquérito ao caso Banif, Carlos Costa afirmou que "a única
alternativa possível era a liquidação", com custos "superiores".
O
governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, realçou esta terça-feira
que a medida de resolução aplicada ao Banif em Dezembro último foi tomada de
"urgência" e que não havia alternativas viáveis a esta intervenção.
"A
medida de resolução foi tomada num ambiente de urgência e sem alternativas
viáveis", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar
de inquérito ao Banif.
O
objectivo principal do regulador bancário foi "proteger as poupanças
confiadas ao banco através da sua rede de retalho e preservar a estabilidade do
sistema financeiro português", vincou.
Segundo
Carlos Costa, "a única alternativa possível era a liquidação", mas
esta opção teria "custos" "superiores".
O líder
do BdP apontou ainda para "a importância sistémica do Banif" para
justificar a escolha da resolução da entidade, que possuía um activo líquido de
12 mil milhões de euros, correspondente a 7% do Produto Interno Bruto (PIB)
português.
Carlos
Costa apontou também para o volume considerável dos depósitos confiados à
instituição, que ascendiam a 6,8 mil milhões de euros.
E
destacou: "Apesar de ter uma quota de apenas 3,2% do activo total do
mercado bancário português, [o Banif] era líder nos Açores e Madeira com quotas
de 45% e 28% nos depósitos e no crédito, respectivamente".
Por isso,
o governador apontou para o seu "papel singular no financiamento da
economia dos dois arquipélagos".
Fonte:
rr.sapo.pt
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