quinta-feira, 28 de abril de 2016

Operação Lava-Jato no Brasil atinge publicitário que foi director de campanha de Passos Coelho

Foto:publico
À SIC Notícias André Gustavo diz não ter conhecimento de qualquer pedido de informação nem do Brasil, nem de Portugal.

Enquanto Sócio da Arcos Propaganda, o brasileiro André Gustavo surge mencionado na 23.ª fase da operação Lava-Jato e foi ouvido no inquérito parlamentar que decorreu no Brasil a contratos celebrados com o BNDES, o banco estatal brasileiro, diz o jornal Público.

Os investigadores brasileiros pediram informações ao Ministério Público sobre a actuação de André Gustavo em Portugal, onde teve como único cliente o PSD.

À SIC Notícias André Gustavo diz não ter conhecimento de qualquer pedido de informação nem do Brasil, nem de Portugal.

"Em consultas a fontes, a Arcos Comunicação é mencionada por sua actuação, na pessoa de André Gustavo Vieira da Silva [conhecido por André Gustavo], em campanha eleitoral em Portugal”, pode ler-se nos autos emitidos já em Março de 2016 pela Polícia Federal do Estado do Paraná, citado pelo Público.

Em Portugal, André Gustavo, aparentemente, só teve um cliente, o PSD, no Brasil, e ainda que sem aparecer publicamente associado às eleições de Dilma ou de Lula, apoiou a eleição de políticos da esfera do actual Governo brasileiro. E o seu nome aparece conectado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) que está hoje no centro de polémica por financiar políticos e grupos privados do universo do Partido dos Trabalhadores, diz o Público.

A acção decorre no contexto da mega-investigação ao esquema de corrupção e de desvio de dinheiro designado por Lava-Jato e que já levou as autoridades brasileiras a solicitar a colaboração dos seus homólogos portugueses.

A associação a Portugal surge por causa da presença do publicitário em Portugal, entre 2011 e 2015. Nesse período, André Gustavo prestou serviços ao PSD como conselheiro de marketing de Passos Coelho e estratega das duas últimas campanhas eleitorais para a Assembleia da República.

O jornal Público solicitou ao Ministério Público que confirmasse o contacto do homólogo brasileiro. A Procuradoria-Geral da República explicou ao que "recebeu, das autoridades brasileiras, três cartas rogatórias inseridas no âmbito da designada operação Lava-Jato. Uma já foi devolvida. As restantes encontram-se em execução”

Fonte:economico


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