A mulher que saltou de uma ponte com um filho, em Barcelos, acreditava que Carlos não iria aceitar uma nova companheira do pai. A criança morreu e Susana está internada na ala de psiquiatria, em Braga.
"Humilhada" por alegadas traições do marido, Susana acreditava piamente que o filho não iria aceitar uma nova companheira do pai e, por isso, decidiu levá-lo com ela para a morte com a intenção de o proteger.
Esta versão foi confirmada por uma cunhada, também sob anonimato, ao referir que Susana achava que o filho mais novo, de 22 meses, ainda poderia aceitar que o pai reconstruísse a vida.
Segundo os psicólogos, este sentimento é comum a muitas das mulheres que se suicidam com os filhos.
Antes de se atirar ao rio, Susana terá ligado ao marido, mas este não terá valorizado as ameaças, referem os familiares.
"A minha irmã não é uma assassina ou uma louca, como muitos pensam", mas estava "em grande sofrimento", garantiu o irmão.
Numa primeira tentativa de suicídio, uma semana antes, Susana levou Carlos pela mão, mas ligou ao irmão, que a fez mudar de ideias. Susana estava medicada com antidepressivos, mas, até esse momento, a família nunca se tinha apercebido da gravidade do seu estado.
Após mais de 26 horas de buscas, os mergulhadores encontraram o corpo da criança. Antes de chegar ao areal, o cadáver foi analisado por peritos da PJ. O aparato era grande e, à chegada da embarcação com o corpo, foi criado um cordão de segurança com as ambulâncias e as autoridades a preservarem o cadáver do olhar dos muitos populares.
Inicialmente, os bombeiros tinham informações de que Carlos tinha caído junto à margem esquerda do rio e foi aí que concentraram as buscas. Mas ao final da manhã de anteontem, nova informação levou os mergulhadores à outra margem. O cadáver foi encontrado "muito perto do local onde terá caído", disse o adjunto do comando dos Bombeiros de Barcelos, José Simões.
Fonte: jn
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