O presidente da Comissão Europeia disse hoje que nunca concedeu exceções a países com défices excessivos e que vai falar com Portugal para verificar se tem "vontade e capacidade" para colocar "estruturalmente" a economia no "caminho certo".
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"Não foram
exceções. Pelo contrário, a Comissão aplicou o Pacto de Estabilidade tal como
está formulado atualmente (...), com sabedoria e racionalidade. A França
encontra-se numa situação económica difícil e o Governo tomou várias medidas
para pôr em ordem o orçamento público. Ao fazê-lo, a França está em
conformidade com a lei. E a Comissão está a tomar decisões com base na
legislação aplicável, da qual eu recomendo a leitura", afirmou Jean-Claude
Juncker, numa entrevista publicada hoje no Diário de Notícias e no jornal
alemão der Spiegel.
O presidente da
Comissão insistiu em que o pacto de estabilidade europeu fornece "a
justificação" para as decisões tomadas em relação a França.
Segundo Juncker,
"o pacto permite a consideração de previsões positivas quando se sancionam
violações anteriores".
"É por isso
que em breve estaremos a falar com os governos português e espanhol para
verificar se os dois países têm a vontade e a capacidade de pôr as suas economias
estruturalmente de volta ao caminho certo", acrescentou.
A Comissão
Europeia lançou a sete de julho processos de sanções a Portugal e Espanha, ao
concluir que os dois países não tomaram "medidas eficazes" para
corrigir os seus défices excessivos.
Na sua
recomendação, a "Comissão Juncker" salientou que "Portugal não
corrigiu o seu défice excessivo dentro do prazo estabelecido (2015) e que
Espanha não deverá provavelmente corrigir o seu défice excessivo dentro do
prazo estabelecido (2016)", metas definidas pelo Conselho em 2013, pelo
que "a Comissão proporá uma nova trajetória de ajustamento orçamental para
cada país, numa fase posterior".
Já esta semana,
o Eurogrupo (que junta os ministros das Finanças da zona euro) e o Ecofin
(Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia) adotaram as
recomendações da Comissão Europeia.
Portugal tem 20
dias para contestar a decisão junto da Comissão Europeia.
Fonte:noticiasaominuto
Comentário:
estamos
entregues aos tubarões da europa e, ninguém surge em nosso socorro. O mais
grave é que surge comentários vs opiniões de políticos (?) nas Tvs, pagos pelos
contribuintes portugueses a esfregar as mãos de satisfação pela aplicação
destas ameaças.
Atitudes destas
são objectivamente censuráveis e deviam ser alvo de um tratamento sem
contemplações: expulsos do parlamento pura e simplesmente
J. Carlos
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