domingo, 14 de agosto de 2016

TERRAS ABANDONADAS PODEM PASSAR A TER UTILIZAÇÃO COMUNITÁRIA


 
Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa
Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa
A ministra da Administração Interna manifesta-se a favor de uma “utilização comunitária” para os terrenos florestais que, estando ao abandono por parte de proprietários privados, prejudicam o combate aos incêndios.
“Temos também que rever o nosso sistema de propriedade, porque, se as pessoas abandonam as suas terras e não têm interesse nelas, deveremos encontrar uma solução para haver uma utilização comunitária [desses terrenos]“, afirma aos jornalistas Constança Urbano de Sousa.
O semanário Expresso noticia, este sábado, que o Governo tem a intenção de passar a posse de terras abandonadas para as autarquias, que ficarão responsáveis pela sua gestão e exploração.
Constança Urbano de Sousa ainda nota, durante uma visita ao comando de operações da Protecção Civil em Castelo de Paiva, um dos municípios afectado pelos incêndios, que a floresta portuguesa “está muito repartida em pequenos pedaços que são de propriedade privada” e que criar um “cadastro florestal” para identificar as terras abandonadas seria “muito útil”.

Autarcas admitem gerir terras abandonadas, mas só com mais dinheiro

Uma ideia apoiada pelo presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Paiva, que salienta que já teve “indicação de que o Governo está apostado em fazer esse trabalho de levantamento de toda a propriedade e seus responsáveis, porque assim será muito mais fácil identificá-los”.
Gonçalo Paiva não se opõe a que a posse das terras abandonadas passe a ser entregue às autarquias, mas avisa que estas “já apostam muito em gabinetes técnicos da área florestal e de planeamento” e que, por isso, estão “muito limitadas” e precisam de “muitos mais recursos”.
O presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, também concorda com a possibilidade das autarquias gerirem e explorarem as terras abandonadas, mas alerta igualmente que a ideia tem que ser acompanhada por meios financeiros.
ZAP / Lusa

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