domingo, 14 de agosto de 2016

Atacante de comboio na Suíça morreu devido a queimaduras graves

O homem que atacou no sábado passageiros de um comboio suíço, matando uma mulher e ferindo cinco outras pessoas, morreu hoje no hospital onde estava a ser tratado a queimaduras graves, anunciou a polícia.

"O suspeito, um homem suíço de 27 anos, morreu devido aos ferimentos", declarou a polícia regional de Saint Gallen (nordeste) num comunicado.

A polícia continua a investigar, excluindo a priori a pista terrorista.

"A questão do motivo permanece", afirmou a polícia de Saint Gallen, explicando que "neste momento, não há qualquer indício que mostre que este ato é terrorista ou tenha uma motivação política".

O homem, que não era de origem estrangeira, incendiou uma carruagem com um líquido inflamável no sábado ao início da tarde antes de esfaquear passageiros, ferindo seis pessoas, entre as quais uma rapariga de seis anos.

Ele agiu só, afirmou a polícia, com base em imagens de vídeo que mostram o atacante, com uma faca, a despejar o líquido.

O comboio, que se aproximava da estação de Salez, circulava próximo das fronteiras com a Áustria e o Liechtenstein.

As vítimas -- dois homens de 17 e 50 anos, três mulheres de 17, 34 e 43 anos e a rapariga -- foram hospitalizados com queimaduras ou feridas resultantes das facadas.

O agressor, que não tem antecedentes criminais, foi operado no sábado à noite e não pode ser ouvido pela polícia, segundo a agência noticiosa suíça ATS.

Uma outra mulher e a rapariga estão em estado considerado grave.

Um dos feridos é um homem que se encontrava no cais da estação de Salez e que entrou no comboio quando ele chegou ao cais para retirar o agressor, cuja roupa estava em chamas, disse a polícia.

"A sua intervenção permitiu impedir o pior", explicou um porta-voz da polícia ao diário Blick, dando a entender que outras pessoas poderiam ter sido feridas.

A mulher que morreu foi a atingida com mais líquido inflamável na roupa e a que tinha ficado mais gravemente ferida, mas o porta-voz da polícia Bruno Metzger disse não poder confirmar que ela tenha sido particularmente visada pelo agressor.

A casa do atacante, que vivia num cantão próximo de Saint Gallen, foi alvo de buscas no sábado à noite.

O ataque aconteceu num contexto de grande tensão na Europa, suscitado por uma vaga de atentados nos últimos meses, vários dos quais foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.


Fonte e Foto: Lusa

Nenhum comentário:

Postar um comentário