segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O que são “árvores bombeiras” e como podem ajudar no combate aos incêndios?

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Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) lançam o alerta: Portugal deve apostar mais em “árvores bombeiras” para reflorestar o território português. Tidas como espécies que resistem e travam incêndios, estas árvores podiam a longo prazo ser uma solução chave para os incêndios em Portugal.
Bidoeiros, carvalhos e castanheiros são as mais conhecidas “árvores bombeiras”. Têm folhagem abundante, o que mantém o ambiente húmido e abrigado do vento durante o Verão, pois estão verdes, “por isso ardem com mais dificuldade e, por outro lado, produzem uma folhada que ao acumular-se no solo é pouco inflamável e se decompõe com facilidade”, explica o investigador da UTAD, Paulo Fernandes.
Para o investigador, estas árvores poderiam ter um papel de extrema importância, uma vez que pelas suas características não representam “muito alimento para o fogo”, e mesmo quando há um incêndio “ardem com pouquíssima intensidade sem causar danos às árvores.”
E é principalmente no norte e centro do país que encontramos estas “árvores bombeiras”. “Aquelas espécies são mais exigentes, requerem locais de solo mais fresco, de melhor qualidade, é por isso que normalmente ocupam vales, zonas onde há mais solo e mais humidade”. E se nestas terras surgem estas “árvores bombeiras” em destaque, vários são os locais onde predominam os pinheiros e eucaliptos, árvores que pela natureza da própria espécie “impõem o fogo” e pela acumulação de biomassa têm sempre um “potencial de risco” associado.
Como evitar então, ou pelo menos controlar, cenários dantescos como os que vemos nas nossas florestas ano após ano? Para o investigador da UTAD o ponto chave está na “gestão de combustível”, apenas possível através da limpeza das florestas, com o subcoberto livre de mato e a eliminação de parte da manta-morta. “Consegue-se limitar o efeito do fogo, mas à custa de trabalho, esforço de limpeza e intervenção”, conclui o investigador da Universidade de Trás-os-Montes.
Green Savers
Foto:jornaldenegocios

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