sábado, 24 de setembro de 2016

RICOS VÃO PAGAR MENOS IMPOSTOS EM 2017


 
Mário Cruz / Lusa
O ministro das Finanças, Mário Centeno, com o primeiro-ministro, António Costa, no Parlamento
O chamado “Imposto Mariana Mortágua” causou muita polémica ao longo da semana passada, mas afinal os mais ricos até vão sair beneficiados pelo Orçamento de Estado para 2017 – e vão pagar menos IRS.

OE2017

  • 24 SETEMBRO, 2016
    Ricos vão pagar menos impostos em 2017
Expresso salienta que, na preparação da proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2017, o governo “afasta aumentos nos escalões do IRS”, o que, a confirmar-se, vai acabar por beneficiar aqueles que têm mais rendimentos.
Com o fim já anunciado da sobretaxa de IRS, quem ganha mais vai assim, receber mais salário líquido, já que quem tem maiores rendimentos também é mais atingido pela sobretaxa que é aplicada em percentagem dos ordenados.
O semanário adianta ainda que o novo imposto sobre imóveis, que o governo ainda está a afinar para incluir na proposta de OE, vai render apenas “60 milhões de euros”, considerando que poderá abranger somente o património imobiliário acima do um milhão de euros, como parece estar em cima da mesa.
Ora, sendo assim, o chamado “Imposto Mariana Mortágua”, que deu que falar e levou a alta tensãoà “casa” socialista por causa do protagonismo assumido pela deputada do Bloco de Esquerda no processo, é uma gota de água no oceano das contas do Estado. É que só a devolução da sobretaxa vai custar 400 milhões às finanças públicas.
Na preparação do OE para 2017, o Expresso nota ainda que o tabaco e o álcool “podem ficar mais caros”, como já foi antecipado por Mário Centeno, ministro das Finanças, que assumiu que osimpostos indirectos podem aumentar.
O governo também estará a estudar alterações ao regime das deduções de IRS, nomeadamente no âmbito das despesas de educação.
Público adianta que o OE de 2017 deverá “corrigir algumas situações de desigualdade de tratamento dos encargos das famílias” e que deverá prever um limite nas deduções da educação dependente do “número de filhos de um agregado familiar”.
Os moldes exactos destas alterações ainda não estão a ser estudados, mas também já se sabe que o Executivo pretende alargar o conceito de despesas de educação para incluir também, o vestuário e o calçado adquirido pelos pais para os filhos.
ZAP

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