Um
novo método de reprodução de transgénicos, que está a ser
desenvolvido em Espanha, poderá dispensar o uso de adubos e eliminar
a especulação no comércio de fertilizantes, que tanto afecta os
agricultores dos países pobres. Bill Gates financia a investigação.
Desde
que surgiram, os transgénicos granjeiam amores e ódios. Apontados
como alimentos perigosos para a saúde humana, continuam a ser
financiados por ONG’s com o objectivo de lutar contra a fome.
A Fundação
de Bill Gates avançou
este ano com cinco mil milhões para viabilizar uma investigação
que poderá mudar tudo.
Luis
Manuel Rubio, investigador do Centro
de Biotecnologia e Genómica de Plantas(Espanha)
recebeu da Fundação Bill e Melinda Gates cinco milhões de dólares
para um projecto que implica produzir milho e arroz com fertilizantes
nitrogenados.
O
nitrogénio é considerado a gasolina da agricultura moderna. Cerca
de 200 mil milhões de fertilizantes nitrogenados são utilizados na
agricultura com o objectivo de obter das colheitas produtos
aumentados. Mas as críticas de que estes produtos têm sido alvo não
demovem Rubio: “A Academia Nacional de Ciências da EU já veio a
público dizer que volvidos 30 anos sobre a utilização de
transgénicos ainda não surgiu nenhuma prova que indique que eles
têm impacto negativo na saúde humana”.
Quanto
ao impacto ambiental negativo destes produtos, não existem dúvidas,
sabendo-se que constituem uma fonte de poluição dos cursos de água.
Só que a ideia de Luís Rubio é criar plantas transgénicas capazes
de se multiplicar absorvendo o nitrogénio que se encontra na própria
atmosfera. Se for bem sucedido eliminará a necessidade de recorrer à
utilização de adubos, acabando de vez com os problemas relacionados
com a contaminação do ambiente. Ao mesmo tempo defenderá os
pequenos agricultores dos países pobres, que deixarão de ficar
sujeitos à especulação dos preços dos fertilizantes.
Green
Savers
Foto:
AFP via El País
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