A voluntária portuguesa em campos de refugiados, Rita Sacramento, considera que, “infelizmente” há pessoas a “enriquecer” com estes frágeis “através da criação de rotas ilegais”.
A voluntária já esteve na Sicília (Itália), no centro de acolhimento a requerentes de asilo e refugiados, e na Ilha de Lesbos (Grécia) e deu o seu testemunho, esta sexta-feira, na Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, no seminário «O outro em nós – a integração social dos refugiados»
Na sua experiência, Rita Sacramento, realça que aquelas “pessoas estão a atravessar uma fase complicada nas suas vidas” e no “desespero tentam chegar à Europa”, disse à Agência ECCLESIA.
As realidades da Grécia e da Itália são “muito diferentes”, mas, essencialmente, “são pessoas que estão à espera de uma resposta e de uma oportunidade”, frisou.
Muitas das pessoas que encontrou “fugiam da guerra, da fome, perseguição politica e ausência de liberdade”, sublinhou a voluntária.
No meio daquela tragédia humanitária, Rita Sacramento encontrou autênticos testemunhos de “resiliência, fé, esperança” e com “grande capacidade de superação”.
Para a voluntária nos campos de refugiados, “infelizmente, o mar mediterrâneo tornou-se no novo cemitério da Europa” porque as pessoas iam “na busca de uma vida melhor”.
Aos europeus compete “acolher estes irmãos que fogem” daquelas situações e e “encontrar soluções que possam travar” esta emergência humanitária.
Apesar da situação vulnerável daquelas pessoas, outros aproveitaram para “criar redes de traficantes, pessoas que fazem dinheiro com a travessia dos refugiados”, lamentou.
A verdadeira solução é “acolher” e “não aproveitarem-se deles”, disse a voluntária.
Para Rita Sacramento, Portugal é um “país acolhedor e sabe receber bem” – talvez derivado à “matriz ligada aos descobrimentos”
Comentário: gente sem escrúpulos, a enriquecer à conta da miséria e do sofrimento de quem deve ser apoiado, com o mais profundo respeito.
J. Carlos
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