O
ataque inusitado do multimilionário republicano foi proferido quando
este acusou "a imprensa corrupta" de querer viciar a
eleição de 08 de Novembro a favor de Hillary, ao noticiarem queixas
de assédio sexual, umas atrás das outras, que lançaram o caos na
sua campanha presidencial.
Trump
violou todas as convenções relativas ao tratamento da sua
adversária, tendo mesmo prometido que, se for eleito, a meterá na
prisão devido às suas práticas de envio e armazenamento de
'e-mails' enquanto secretária de Estado, durante o primeiro mandato
de Barack Obama, como Presidente dos Estados Unidos.
Nesse
sentido, adotou as palavras de ordem "Lock Her Up" ("Mete-a
na Prisão") como 'slogan' para os seus exaltados apoiantes,
durante os comícios.
A
sua campanha tem ativamente alimentado as teorias de conspiração da
direita sobre a saúde da candidata democrata, aproveitando a
pneumonia de que Clinton padeceu no mês passado para sugerir que ela
está a esconder um problema de saúde mais grave e não está em
condições de exercer o cargo.
Num
novo e bizarro ataque, não sustentado por provas, o polémico
magnata do imobiliário sugeriu que Hillary estava sob o efeito de
drogas durante o último debate presidencial televisivo e instou-a a
submeter-se a um teste 'anti-doping' antes do seu duelo final, na
próxima quarta-feira, em Las Vegas.
"Não
sei o que se passa com ela: no início do último debate, estava toda
acelerada e, no fim, já pedia 'Levem-me até lá abaixo', mal
conseguiu chegar ao seu carro", disse o candidato de 70 anos,
num comício em Portsmouth, New Hampshire.
"Os
atletas são obrigados a fazer um teste de drogas. Acho que devíamos
fazer um teste de drogas antes do debate. Porque é que não fazemos
isso?", atirou Trump.
O
ataque de hoje contra a adversária democrata representou uma nova
escalada na estratégia eleitoral de terra queimada de Trump na reta
final de uma corrida presidencial que desafiou todas as normas
políticas.
Numa
altura em que se afunda nas sondagens -- abandonado por parte do seu
campo político -, o multimilionário de Manhattan passou a semana a
vociferar contra os meios de comunicação social e a "elite
global", afirmando que se juntaram contra ele e acusando Hillary
de conspirar para destruir a soberania dos Estados Unidos.
"Hillary
é candidata a Presidente no que parece ser uma eleição viciada",
sustentou em New Hampshire.
"A
eleição está a ser viciada pela imprensa corrupta que publica
acusações completamente falsas e mentiras descaradas, num esforço
para a eleger Presidente", acrescentou.
JN|Foto: IMPALA
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