sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

“ACABOU A BRINCADEIRA”. MARINE LE PEN QUER FIM DA ESCOLA GRATUITA PARA CLANDESTINOS


 
Marine Le Pen
Marine Le Pen
A líder do partido Frente Nacional, Marine Le Pen, candidata de extrema-direita à eleição presidencial francesa de 2017, defendeu esta quinta-feira, em Paris, o fim da gratuidade no ensino público para alunos estrangeiros em situação irregular no país.
“A solidariedade nacional deve existir para os franceses. Não tenho nada contra estrangeiros, mas digo-lhes: se vierem para o nosso país, não esperem que sejam tratados, que os seus filhos sejam educados gratuitamente. Acabou o recreio“, declarou a candidata populista durante um encontro no Instituto de Pesquisa BVA.
Marine Le Pen defendeu ainda que é preciso acabar com a gratuidade na escola para “os filhos de clandestinos”.
Alegando que o país não tem mais meios para financiar a escolaridade gratuita para todos, Le Pen defendeu que a rede pública de ensino seja “reservada aos mais pobres, mais modestos e humildes”.
Para os alunos estrangeiros de famílias com residência legal no país, ela faz uma distinção. Os pais que pagam impostos, mesmo sendo estrangeiros, continuariam a ter acesso à escola pública gratuita.
Aqueles que forem estrangeiros e não alimentarem o caixa do Estado terão de pagar uma “contribuição” para o filho frequentar a rede pública, defende Le Pen.

“Imigrantes não trabalham”

Questionada sobre outros temas sociais, como a reforma e a imigração, Marine afirmou que “a população imigrante não trabalha”.
“Sem falar nos programas sociais que permitem que uma pessoa receba um auxílio velhice com o único critério de ter 65 anos, sem nunca ter trabalhado no país. Esses chegam a receber €750 por mês, €1.500 no caso de um casal, enquanto agricultores vivem com €300 ou €400 de aposentadoria”, acrescentou.
A fala da candidata omite detalhes da legislação em vigor. Segundo o programa de solidariedade para idosos, é previsto auxílio mensal aos estrangeiros legalizados, que tenham um visto de residência de no mínimo 10 anos e autorização de trabalho em França.
Essas condições não são exigidas aos estrangeiros apátridas, refugiados, que tenham combatido em guerras ao lado do Exército francês e membros da União Europeia e Suíça.
 ZAP / Agência Brasil

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