Bom dia!
O Daesh reivindicou o atentado de Berlim, mas não se sabe quem foi o autor. A síntese do que pode mudar depois deste ataque está aqui sintetizada pela Clara Barata. Mas deve ser lido em paralelo com o texto que explica como a política de imigração e refugiados ficou debaixo de fogo na Alemanha. A verdade é que a chanceler dos refugiados enfrenta o seu maior desafio - e não há ninguém como o Jorge Almeida Fernandes para nos explicar porquê - num texto que nos faz olhar para Angela Merkel e lembrar aquela frase de Kennedy em Berlim, noutro contexto, mas com a frase que faz mais sentido agora do que nunca: "Ich bin ein berliner".
Do ataque terrorista, eis o que já sabemos e o que falta saber.
De Bruxelas chegou-nos uma notícia relacionada: os Estados-Membros da UE chegaram a um acordo para reforçar a directiva contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, permitindo - entre outras coisas - que as autoridades financeiras tenham acesso a registos centralizados de bancos e contas para identificar os seus titulares. Claro que tudo isto terá ainda um processo legislativo pela frente.
O México viveu uma noite terrível: pelo menos 31 pessoas morreram, e mais 72 ficaram feridas, devido a uma série de explosões num mercado de fogos de artifício nos arredores da Cidade do México. O vídeo do momento das explosões parece saído de um filme.
Obama travou novas perfurações de petróleo e gás - e criou um problema a Trump. O presidente eleito prometeu reverter as políticas ambientais da actual administração, mas terá agora que enfrentar os tribunais se tentar anular esta ordem.
Já agora, marque a hora no relógio: o Inverno começa às 10h44 desta quarta-feira. Este será, portanto, o dia mais curto do ano no hemisfério Norte - a partir daqui é sempre a crescer.
As notícias do dia
Depois de um ano com oito atentados na Europa, Portugal já lançou o plano de segurança para a visita do Papa. A primeira reunião foi na semana passada e há pelo menos três riscos acrescidos identificados pelos serviços de segurança. As autoridades admitem que o controlo documental seja reposto em todas as fronteiras nacionais. A notícia é da Mariana Oliveira, que acrescenta uma nota: o grau de ameaça terrorista por cá não mudou.
Na manchete do PÚBLICO de hoje, contamos-lhe os bastidores da proposta do Governo aos patrões e sindicatos. A cedência no salário mínimo foi concertada à esquerda, com reuniões prévias para garantir que os acordos com PCP e Bloco não ficavam em perigo. Foi assim. A par, passe os olhos pelas perguntas e respostas sobre a proposta do Executivo e por esta pergunta decisiva: as "condições económicas" são chave para um acordo?
Na política, temos uma notícia sobre a contestação no PSD a um apoio a Cristas (com reunião à vista para marcar posição). E outra sobre as conclusões do Conselho de Estado, com Guterres e a Europa no papel final.
Mas ainda é na banca que tudo parece mais agitado. Porque o acordo com os lesados terá mesmo impacto nas contas públicas; porque sabemos agora, pelo Negócios, que Carlos Tavares foi para a Caixa (onde tinha lugar reservado desde que saiu de ministro); porque Bagão Félix foi à comissão de inquérito à CGD - explicar como o banco foi usado politicamente -, enquanto o PS desviava Domingues e Centeno para uma audição noutra sala.
Quem quer explicações do Governo são as empresas de energia renovável. Querem saber onde, como e porquê o Estado lhes vai cortar 140 milhões de euros.
Vamos a notícias úteis para todos nós? O Governo deu mais três dias para aderir ao "perdão fiscal"; os automóveis gastam muito mais do que dizem as marcas (diz um estudo europeu); o uso do telemóvel fez subir os acidentes na estrada; carregar um carro eléctrico na cidade vai custar até 3 euros; e o Euromilhões saiu em Portugal (já foi ver o bilhete?)
Já agora, um alerta das escolas: foram sinalizados mais de 2000 casos de maus tratos, a maior parte na Região Norte. E outro da Deco: há contratos de criopreservação de células estaminais "abusivos”.
O que se passa no mundo merece também um sublinhado: é que Putin enviou investigadores para a Turquia, prometendo "reforçar a luta contra o terrorismo". E é importante perceber as possíveis consequências do assassínio do embaixador, assim como as movimentações para um "cessar-fogo" na Síria. Os textos são da Sofia Lorena. Já agora, ainda mais este: "O fotojornalista Ozbilici viu o assassínio do embaixador e fez o seu trabalho".
Opinião e outros textos (para nos pôr a pensar)
- Precisamente a propósito do que se passa na Síria, anote o que diz Francisco Louçã no Tudo menos economia: "Em Alepo há uma fronteira da humanidade".
- Sobre isso, o assassinato do embaixador em Ancara e sobre o que aconteceu em Berlim, o Rui Tavares fala-nos de um 2017 "medindrosíssimo" (e vale bem a pena perceber porquê).
- Para nos trazer optimismo, fica esta notícia: Portugal tem um curso para líderes muçulmanos promoverem a paz, uma porta aberta para uma questão muito sensível no centro da Europa.
Hoje acontece
- O PCP reúne-se com o Bloco, para apresentar as conclusões do congresso.
- O Parlamento discute o combate ao desperdício alimentar, por proposta dos Verdes.
- O Benfica joga ao fim da tarde contra o Rio Ave, uma equipa que só conta vitórias desde que mudou de treinador.
Só mais um minuto
Sabia que há cada vez mais famílias a passar a Consoada em hotéis? Parece que a febre está para durar.
Falando em desafiar estereótipos, que me diz destas mulheres com M grande?
Com M grande escreveu-se este nome: Michéle Morgan. A lenda dourada do cinema francês deixou-nos ontem, mas a família deixou-lhe uma frase linda na despedida: "Os mais belos olhos do cinema fecharam-se definitivamente".
Talvez seja uma nota triste para acabar, mas achei-a realmente bela (como é belo o texto sobre ela). Por aqui, o que lhe garanto é olhos sempre abertos, para o deixar sempre a par das últimas notícias. Passe por cá, sempre que quiser - nós temos gosto na sua companhia.
Dia bom, sobretudo feliz,
Até já!
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