O Foyer da Casa da Cultura Teatro Stephens, na Marinha Grande, exibe os filmes a concurso no âmbito CinANTROP - Festival Internacional de Cinema Documental e Etnográfico de Portugal, de 4 a 11 de junho. A entrada é gratuita.
A iniciativa é organizada pelo cinANTROP, com o apoio do Município da Marinha Grande.
Trata-se do primeiro festival de cinema etnográfico da Península Ibérica. Iniciado em 2013, o seu diretor, Bruno Gaspar, inspirou-se na vida e obra de António Campos para definir a índole do festival. O objetivo é contribuir para a preservação e divulgação do Património Material e Imaterial dos Povos através do cinema.
Bruno Gaspar, o fundador deste projeto, levou a programação até outros países. No passado mês de maio exibiu alguns documentários de língua portuguesa na Celebração do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, em Shangai (China), na Biblioteca Cervantes e na Shangai International Studies University (SISU).
Na Marinha Grande são exibidos os seguintes filmes:
4 de junho . domingo . 15h00 . “Os Resistentes – Retratos de Macau” de António Faria
A série dos resistentes nasce da necessidade que Macau tem de descobrir ou procurar constantemente uma identidade. Filmado a preto e branco, com música da Orquestra Chinesa de Macau, tem como objetivo dar voz àqueles que resistiram à passagem do tempo.
Duração: 50´
6 de junho . terça-feira . 15h00 . “Time Travel” de António Faria e Carolina Neves Rodrigues
Wong Kei é um jovem de 25 anos que deixou um trabalho estável para perseguir o seu sonho com a sua câmera, despendendo todo o seu tempo a capturar a preciosa vidada cidade. Um dia, ao passear junto de um mercado de peixe, ele encontra ocasionalmente uma pescadora. Mais tarde ele vê-a na televisão a falar sobre a sua forma de vida, inspirando-o verdadeiramente com o seu estilo de vida. Determinado a procurá-la, ele inicia uma jornada em que vai conhecer muitos bairros antigos de Macau e aprender o passado e o presente do labor de pescador, as suas vidas quotidianas, e como a cultura piscatória tem contribuído para o que é Macau presentemente. "Viagem no tempo" é, assim, dedicado à exploração de uma cultura em declínio numa pequena cidade, levando-nos literalmente numa viagem em que podemos passar a entender o significado social das suas gentes.
Duração: 56´
7 de junho . quarta-feira . 15h00 . “Olhar Macau” – série de documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal de Macau
Duração: 80´
8 de junho . quinta-feira . 15h00 . Sessão Brasil:
“A Grande Ceia Quilombola” de Ana Stela Cunha e Rodrigo Sena
No Quilombo de Damasio, terra doada por um senhor de engenho a três de suas escravas, o alimento tem sido secularmente cultivado e extraído da natureza de forma parcimoniosa, fazendo parte de uma estrutura social que privilegia o grupo. O documentário retrata parte destes saberes, tendo a comida um papel fundamental na coesão do grupo.
Duração: 53´
“Ilha” de Daniel de La Calle Gebelle
Um dia na pequena ilha brasileira de Boipeba. Os pescadores locais ainda vivem de modo tradicional, saem ao mar em barquinhos a motor e canoas, recorrem a pé os arrecifes, praias e manguezais em busca de sustento. Porém, o mundo de fora colocou os olhos neste ideal moderno do paraíso tropical. A mudança parece inexorável. “ilha” separa-se do modelo narrativo do cinema social e ambiental clássico e oferece um olhar contemplativo a um lugar e a pessoas, com um ritmo e modo de viver à beira da mudança.
Duração: 56’
“Os caminhos da política: personagens e eleitores” de Carlos Eduardo Fialho e Tatiana Miranda
É um documentário que busca refletir sobre as relações entre candidatos e eleitores na política brasileira contemporânea através de entrevistas com eleitores e do acompanhamento da produção da campanha dos chamados "candidatos personagens" no Brasil.
Duração: 121´
9 de junho . sexta-feira . 15h00 . “Mar de Sines” de Diogo Vilhena
Este é um projeto de cinema com a comunidade, num documentário que reúne os testemunhos de três gerações de pescadores que conhecem como poucos o mar do sudoeste português: o que o mar oferece e o que o mar reclama; o encanto do mar e a sua dura realidade. O porto de pesca e os seus intervenientes preenchem o núcleo principal de “Mar de Sines”, mas o filme navega para outros territórios: encontra os últimos pescadores-cabaneiros de São Torpes; percorre a costa rochosa com os mariscadores; escuta as memórias dos pescadores do alto; mergulha nas profundezas do oceano.
Duração: 70 minutos
11 de junho . domingo . 15h00 . Última Sessão: “Olhar Macau” – série de documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal de Macau
Duração: 80’
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