quinta-feira, 15 de junho de 2017

Cerca de 20% das crianças em países ricos vive em pobreza relativa – UNICEF

Uma em cada cinco crianças em países ricos vive em pobreza relativa, e uma média de uma em cada oito sofre de insegurança alimentar, segundo o último relatório da UNICEF.
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O documento "Criando o futuro: Crianças e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em países ricos" é o primeiro a avaliar a situação das crianças em 41 nações com rendimentos elevados.
É entendido que uma pessoa sofre de pobreza relativa quando vive numa família cujos rendimentos são 60% inferiores ao salário médio nacional.
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) teve em conta a aplicação de metas como a de pôr fim à pobreza, à fome, promoção de uma vida saudável, de bem-estar, de educação de qualidade, crescimento económico sustentável, paz, justiça e instituições fortes.
Os países que, em média, obtêm melhores resultados são, por ordem: Noruega, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Islândia, Suíça, Coreia do Sul, Eslovénia, Holanda, Irlanda, Japão, Reino Unido e Luxemburgo.
Os países com pior posicionamento no 'ranking' são o Chile, o último da lista, Bulgária, Roménia, México, Estados Unidos, Turquia, Israel, Nova Zelândia, Lituânia, Hungria, Grécia, Eslováquia e Malta.
Nos lugares intermédios ficam a Estónia, Portugal, França, República Checa, Croácia, Polónia, Itália, Canadá, Bélgica, Chipre e Letónia.
"Os países ricos estão ainda longe de conseguirem os ODS mais relevantes para as crianças. Se tivesse que dar notas aos países, nenhum teria nota máxima", disse o chefe da Unidade de Análises de Políticas sociais e Económicas do departamento de investigação da UNICEF, José Cuesta.
O responsável destaca, pela positiva, melhorias na educação infantil e redução da mortalidade neonatal, mas chama a atenção para "falhas substanciais" na redução da pobreza entre as crianças, para uma crescente desigualdade, maior obesidade e pior saúde mental.
Segundo o relatório da UNICEF, o índice de obesidade entre as crianças dos 11 aos 15 anos e a percentagem de adolescentes com problemas de saúde mental "está a aumentar na maioria dos países".
A especialista em Políticas Sociais Yekaterina Chzhen sublinhou também que "nenhum país tem um bom desempenho em todos os objetivos", já que até o melhor posicionado, a Noruega, só consegue obter uma nota média na categoria de "produção e consumo responsável" e "paz, justiça e instituições fortes".
A especialista destacou ainda a forte variação na insegurança alimentar das crianças em países ricos, já que nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo, uma em cada cinco crianças sofrem deste flagelo, enquanto no México e na Turquia são uma em cada três.
Lusa

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